Publicado em 02/07/2017 às 09h29.

Wagner revela montagem de chapa do PT até o final do ano

Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico admitiu que “Rui tem sido muito duro”, mas minimizou a insatisfação na base: “Quando tem bonança, está todo mundo satisfeito”

Evilasio Junior
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba
Foto: Roberto Viana/ Ag. Haack/ bahia.ba

 

Pré-candidato ao Senado na coligação do governador Rui Costa (PT), que tentará a reeleição, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT), revelou ao bahia.ba, durante os festejos ao 2 de Julho, neste domingo, que a chapa deverá ser montada até o final do ano.

Na avaliação do petista, apesar das articulações e das definições dos nomes que irão compor o grupo, há de se ter atenção ao que acontece em Brasília. “Vamos até o final do ano montar a chapa, mas eu acho que ainda tem uma caminhada boa e é óbvio que o cenário nacional impacta muito. Um cenário com uma candidatura de Lula vai ser um ponto de gravidade muito forte. Todo mundo sabe disso na classe política. Nós e os adversários”, ponderou.

Em relação às críticas feitas por aliados ao governador Rui Costa, inclusive com rebelião na base de sustentação na Assembleia Legislativa, Wagner minimizou ao dizer que a influência econômica prejudica no relacionamento. “Ele está governando em dois anos de economia em crise. Quando você tem bonança, está todo mundo satisfeito. Quando o povo tem desemprego, baixa o nível de satisfação, mas eu não vejo nenhum ruído que possa prosperar para nenhum tipo de ruptura. Ele está muito bem avaliado no interior, na capital também, toda a informação que eu tenho é de receptividade muito boa. Agora eleição é eleição. Tem que cuidar até abrir o último voto. Eu acho que ele está bem”, avaliou.

Sobre a distribuição de cargos e atendimento de pleitos de deputados, Wagner admitiu que o governador não adota uma postura flexível, mas defende o critério estabelecido. “Natural que quem ajudou a construir a vitória queira participar, agora é óbvio que as pessoas têm que indicar nomes, não porque são do partido A, B ou C, mas que tenham qualificação para fazer. Nesse aspecto, realmente, Rui tem sido muito duro. As pessoas indicam alguém que não dá resposta no serviço, ele diz que tem que mudar”, disse.

Para o ex-ministro, o problema só será resolvido se o Congresso aprovar mudanças radicais nas regras eleitorais do Brasil. “Até ter uma reforma política que reduza o número de partidos e que as eleições sejam lastreadas em torno de propostas o país será conduzido pela coalizão e pelas coligações que você fizer”, afirmou.

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