Publicado em 22/05/2024 às 13h06.

Após primeira assembleia, rodoviários decretam estado de greve; entenda

Estado pode ser revertido com uma nova rodada de negociação entre sindicato e empresários, programada para quinta-feira (23)

Gabriela Araújo
Foto: Reprodução/Instagram (@sindicatodosrodoviários_ba)

 

Em meio aos entraves com empresários, o Sindicato dos Rodoviários bateram o martelo nesta quarta-feira (22) e decidiram entrar em estado de greve, em primeira assembleia geral. A medida antecipa a deflagração de uma possível greve geral, nos próximos dias, caso a pauta dos sindicalistas permaneça sem avanço entre as partes.

Os rodoviários voltam a se reunir nesta tarde, a partir das 15h, quando devem esmiuçar o fechamento de questão. Em conversa com o bahia.ba, o vice-presidente da categoria, Fábio Primo, enfatizou que o novo encontro deve “referendar o que foi pela manhã, a aprovação do estado de greve”, disse. Primo ainda afirmou que os sindicalistas estão se organizando para “definir o melhor dia para a greve”.

A greve oficial, no entanto, pode ser anulada a partir da próxima quinta-feira (23). Isso porque, a categoria tem uma nova rodada de negociação marcada com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia (SRTE-BA) e o diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (SETEPS), Jorge Castro. Caso as tratativas continuem travadas, os rodoviários devem fechar questão sobre a greve geral.

“[A definição da greve] depende da proposta que sair [no encontro]”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, vereador Hélio Ferreira (PCdoB). O mesmo foi corroborado por Primo, que destacou que o novo encontro deve “buscar uma saída para que evite a greve”.

“Os trabalhadores estão preparando a greve. Caso, não aconteça um acordo, Salvador e parte do estado da Bahia terá greve”, completou.

Entre os pleitos reivindicados pelos sindicalistas estão: aumento salarial de 4%, acima da inflação, 10% no valor do ticket refeição, gratuidade no metrô e fim do assédio moral. Em contrapartida, os donos da empresa apresentaram uma contraproposta 1,24%, prontamente, rejeitada por eles.

Na Região Metropolitana, os motoristas da empresa Avanço Transporte decretaram greve geral na última sexta-feira (17), afetando seis cidades e cerca de 10 mil passageiros. A pauta de reivindicações dos funcionários da empresa inclui reajuste salarial de 4%, ante uma contraproposta de apenas 1,24% oferecida pelo patronato. O percentual foi negado pela categoria.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos, todas as empresas do sistema já concederam aumento de 4,75% no salário, 5% no tíquete e 5% na cesta básica.

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