‘Ato contra LGBTfobia’ reúne centenas de pessoas no Rio Vermelho

Marcado para esta sexta-feira (15), o “Ato contra a LGBTfobia”, no Rio Vermelho, foi iniciado por volta das 18 horas e já começou a chamar atenção dos motoristas e transeuntes.  Centenas de manifestantes se aglomeraram em frente às quadras esportivas do bairro, na Rua da Paciência, com cartazes e faixas em protesto aos crimes contra lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros. Eles caminharam até o Largo da Mariquita, reformado e denominado de Praça Caramuru, e se concentraram no antigo Mercado do Peixe.

O evento foi marcado logo após o estudante e promotor de eventos Leonardo Moura ter morrido, no dia 11 de julho, após ser encontrado ferido na Praia da Paciência, no último sábado (9).  Familiares dele alegam que ele foi vítima de homofobia e rechaçam as versões apresentadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta sexta (15), de que o jovem morreu após cair da balaustrada.

Na ocasião, ele foi socorrido pelo SAMU e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE).  Lá, passou por exames, mas preferiu deixar a unidade médica por conta própria, assinando um termo de responsabilidade. Pela tarde do mesmo dia, ele voltou a passar mal e foi levado para o hospital novamente, onde médicos descobriram que ele teve um dos rins dilacerado.  Por conta de uma hemorragia interna, Léo não resistiu.

Caso – Familiares alegaram em entrevista á imprensa que o jovem foi vítima de homofobia. Mas a polícia, na última quinta-feira (14), já havia dito achar improvável a hipótese de agressão, uma vez que no corpo da vítima não foram encontradas marcas. Um laudo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) ainda é aguardado, no entanto, para colaborar com as investigações.

Protesto – Independentemente da versão apresentada pela polícia, os manifestantes alegam que o protesto tem o objetivo de alertar a sociedade para os crimes contra os LGBTs e cobrar do poder público ações de combate LGBTfobia.