Publicado em 04/09/2025 às 13h18.

Bruno Reis detalha andamento do teleférico do Subúrbio e túnel de pedestres

Projetos visam melhorar a mobilidade urbana e integrar metrô, VLT e Centro Histórico

João Lucas Dantas / Raquel Franco
Foto: Gabriela Araújo/ bahia.ba

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou que ainda não pode confirmar quando será assinada a licitação das obras do teleférico do Subúrbio. Segundo o gestor, o projeto executivo está “praticamente pronto” e a ordem de licitação será assinada assim que for concluído.

“Eu quero soltar essa licitação ainda este ano, para que ela seja concluída no início do ano que vem, quando terá início. E me comprometo, assim que o projeto for fechado — porque esse projeto, quando concluído, estabelece o prazo de execução — a passar com maior precisão. Mas eu imagino que seja uma obra de um ano e meio a dois anos de execução”, explicou o chefe do Executivo municipal, durante a entrega de novas unidades habitacionais e Ecoponto no Mané Dendê, nesta quinta-feira (4).

Em março, Bruno Reis assinou contrato de financiamento de US$ 125 milhões (cerca de R$ 720 milhões) com o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a execução do Programa Salvador Inclusiva. Entre as obras está o Teleférico do Subúrbio, que ligará diversos bairros da região ao metrô em Campinas de Pirajá.

Primeiro equipamento do tipo na capital baiana, o teleférico terá 4,3 km de extensão, quatro estações (Praia Grande, Mané Dendê, Pirajá e Campinas de Pirajá), 110 cabines e 27 torres. A expectativa é beneficiar mais de 700 mil pessoas, com capacidade de transportar até 23 mil passageiros por dia.

Túnel de pedestres

O prefeito também foi questionado sobre o túnel subterrâneo que ligará o Campo da Pólvora ao Comércio, passando pela Baixa dos Sapateiros. Segundo Bruno Reis, o projeto básico já foi concluído e cadastrado no PAC, mas não foi selecionado para financiamento do Orçamento Geral da União.

“É uma obra de 420 milhões de reais. Então, nós vamos tentar negociar ainda com o governo federal, porque o nosso desejo era que fosse com recursos do Orçamento Geral da União. Inclusive tratamos disso com o governador Jerônimo na semana passada, até porque o VLT chega até o Campo da Pólvora, e esse túnel de passagem de pedestres — como aqueles que vemos em aeroportos, com esteiras rolantes — sairia da estação do Campo da Pólvora do metrô”, explicou o gestor.

“Ele teria uma saída na Barroquinha, para facilitar o acesso das pessoas. Depois, outra saída no Pelourinho, no Largo do Pelourinho, levando o metrô até o Centro Histórico. E outra saída seria no pé da Ladeira da Montanha, com conexão ao VLT. Acho que é uma obra estratégica dentro desse conjunto de intervenções e modais que vamos ter na cidade”, acrescentou.

O prefeito concluiu afirmando que, caso os recursos não sejam 100% viabilizados pelo governo federal, parte poderá ser assumida pela Prefeitura de Salvador. “Estávamos negociando, com o secretário Luiz Carreira, uma proporção de 70 a 30 — a prefeitura assumiria 30% e o governo federal 70%. O que foi aprovado até agora foi todo via financiamento. Vamos analisar as condições desse financiamento para avaliar a viabilidade da obra. Mas considero extremamente importante, porque permitirá que o metrô chegue de fato ao comércio e ao Centro Histórico da cidade”.

João Lucas Dantas

Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA

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