Publicado em 05/03/2025 às 11h11.

‘Polícia vai agir’, diz delegada sobre ação que deixou 12 mortos em Fazenda Coutos

Caso ocorreu por volta das 21h desta terça-feira (4); criminosos ainda não foram identificados

Rodrigo Fernandes / Leandro Aragão
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, deu mais detalhes sobre a ação policial que ocorreu na terça-feira (4) e deixou 12 mortos na região conhecida como Teotônio, no bairro de Fazenda Coutos. A troca de tiros entre os suspeitos e os agentes de segurança foi noticiada ao vivo em rede aberta.

“No momento em que se fazia a cobertura, houve uma troca de tiros. Mas, para além disso, as nossas equipes de serviços de investigação de local de crimes chegaram até a residência para iniciar os trabalhos. Houve sim outra troca de tiros, por volta das 22h. Foi necessário que nós desloquemos outras duas guarnições da nossa equipe de operações especiais para que a gente pudesse fazer a segurança do local e os trabalhos pudessem ser realizados”, disse em coletiva de imprensa.

De acordo com Brito, a operação começou 16h, quando guarnições da Polícia Militar chegaram no local, antes dos suspeitos começarem a disparar contra as equipes de segurança.

“Nosso trabalho inicial foi fazer as queixas de levantamento, acompanhar a perícia no local do crime que até o momento nós já levantamos, ocorreram em duas casas, em uma região de mata também próximos e essa rua, ao final de cerca de 30 metros, entra por outra região de mata”, iniciou.

“Polícia vai agir”

Além dos 12 mortos, a operação apreendeu duas submetralhadoras, oito pistolas e dois revólveres, além de munições e carregadores. Os integrantes da facção criminosa não foram identificados.

“Hoje nós vamos fazer as oitivas também dos familiares das pessoas que foram mortas e a partir das identificações que nós estamos obtendo. Porque como disse o coronel, durante o confronto eles não portavam nenhum documento de identificação, mas é um trabalho contínuo e o que eu posso deixar muito claro é que a polícia vai agir usando tudo que existe em termos de equipamentos e de tecnologia para fazer uma investigação muito clara e transparente, como tem que ser, sempre mostrando com muita clareza como aconteceu a dinâmica dos fatos”, acrescentou a delegada.

Sobre o local exato das mortes, Heloísa Brito destacou que os suspeitos estavam dentro de duas residências estratégicas para “atacar as guarnições da Polícia Militar que estavam adentrando na casa”.

Efetividade do sistema de reconhecimento facial

Ainda na coletiva, a delegada preferiu ter cautela e não garantiu que as câmeras de reconhecimento facial da SSP afastam criminosos que tem mandado de buscam. No entanto, segundo ela, a medida de segurança tem efetividade em eventos de larga escala.

“Olha, se afasta eu não posso lhe dizer com certeza. Mas, tem efetividade sim. Principalmente entre Carnaval e eventos pré-carnavalescos”, concluiu.

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