Publicado em 14/04/2025 às 11h01.

Radar federal está inoperante há 1 ano por falta de orçamento, diz diretor da Defesa Civil

Sosthenes Macêdo afirma se tratar de algo "gravíssimo", já que o tipo de resposta pode ser a diferença "entre a vida e a morte"

Alexandre Santos / André Souza
Foto: André Souza/bahia.ba

 

O diretor-geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macêdo, afirmou nesta segunda-feira (14) que o radar meteorológico do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas) na capital está fora de operação há cerca de 1 ano. Segundo ele, na ausência do equipamento federal, o órgão municipal tem se valido de seu próprio sistema para emitir previsões e alertas de chuva.

Para Sosthenes, trata-se de algo “gravíssimo”, já que o tempo de resposta pode ser a diferença “entre a vida e a morte”, a exemplo do deslizamento que deixou um morto no bairro de Saramandaia em novembro.

“Nós temos um modelo próprio para a nossa cidade, com a escala definida para Salvador. Então, dessa forma, o nível de acerto, muito embora não seja um dado absoluto, porque estamos tratando de previsão”, declarou Sosthenes a jornalistas durante agenda com o prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Sosthenes informou que o Cemaden tem justificado falta de orçamento para solucionar o problema.

Ele explica que, por meio das estações pluviométricas da Codesal, é possível estimar o volume de chuva em diferentes pontos da cidade a cada cinco minutos. Mas, devido à inoperância do equipamento do Cemaden, há uma perda “irreparável “de informações.

“É um radar importantíssimo, que nos permite fazer uma análise muito imediatista do que está acontecendo, do que vai acontecer. É diferente do satélite, por exemplo, que há, sim, a possibilidade de realização de análises através desses equipamentos, porém sem a precisão do radar”, Sosthenes.

Dos nove radares meteorológicos do Cemaden no país, seis estariam sem funcionar, de acordo com o diretor da Condesal.

À época do deslizamento em Saramandaia, o prefeito Bruno Reis afirmou que o sistema de radar do Cemaden não foi capaz de prever o volume de chuva que atingira a capital. O órgão, por sua vez, informou que não faz previsões sobre níveis pluviométricos e disse ser responsável pelo envio de alertas de desastres focando em processos hidrológicos e de movimentos de massa.

 

 

 

 

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