Publicado em 04/07/2024 às 18h06.

Brasil deve integrar testes com a nova vacina contra o Alzheimer em 2026

A Associação Brasileira de Alzheimer estima que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a doença

Redação
Foto: Ministério da Saúde

 

Uma imunoterapia desenvolvida para retardar a progressão da doença de Alzheimer foi anunciada em maio. A startup suíça de biotecnologia iniciou testes clínicos com o ACI-24.060 (anti beta-amiloide) desde 2022 e com o ACI-35.030 (anti proteína Tau) desde o ano passado.

Ambas são imunoterapias estudadas para retardar a progressão do Alzheimer na fase inicial e adultos com síndrome de Down. O Brasil é cotado para a terceira fase do ensaio clínico com o ACI-24.060.

Segundo a alemã de 66 anos, dos quais 21 à frente da startup, o Brasil é cotado para a terceira fase do ensaio clínico com o ACI-24.060. “É a fase quando a pesquisa se torna, definitivamente, um ensaio clínico global e deve acontecer em 2026, ou até mesmo antes disso, dependendo dos resultados deste ano. Por ser um ensaio mundial, serão centenas de países. Tenho certeza que o Brasil será considerado”, afirmou.

Na prática, ela não é uma vacina, mas tem efeito parecido ao de um imunizante ao estimular as células do sistema imune para retardar o declínio cognitivo causado pelo Alzheimer.

Em testes clínicos no mundo, o Brasil é um dos países considerados para participar dos ensaios, segundo disse à Folha Andrea Pfeifer, co-fundadora e presidente da AC Immune, responsável pelo imunizante. Versões anteriores de ambos os produtos estiveram em desenvolvimento por vários anos antes do início dos testes atuais.

O Brasil tem uma população com muitos indivíduos afetados pela doença, o que representa uma “necessidade médica significativa”. Além disso, o país conta com “centros renomados” em pesquisas clínicas, o que beneficiaria a conclusão dos testes, diz.

De acordo com a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a doença. No Brasil, a estimativa é quase 1 milhão (996.454), a maior parte deles ainda sem diagnóstico.

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