Publicado em 07/06/2019 às 11h36.

Aceno a Carlos Geilson é ‘necessidade’ de mudar Feira, diz Targino Machado

“Aquilo que está lá está virando ditadura", afirma o líder da oposição na Assembleia Legislativa

Alexandre Santos

O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Targino Machado (DEM), afirmou nesta sexta (7) que sua relação hoje com o ex-deputado estadual Carlos Geilson (PSDB) converge na necessidade de mudar Feira de Santana, cuja administração municipal, segundo ele, está virando uma “ditadura”. Os dois almoçaram juntos na última quarta-feira (5). Atualmente ouvidor-geral do Estado, Geilson ensaia uma candidatura à prefeitura feirense como um nome da base do governador Rui Costa (PT).

“Anteontem almocei com o ex-deputado Carlos Geilson e tivemos uma conversa amistosa. Afinal de contas, existem controvérsias, existem divergências, mas nós buscamos unir o que converge em nós. E o que converge é a necessidade de mudar Feira de Santana”, declarou Targino, ao ser questionado pelo bahia.ba sobre o teor da conversa.

“Aquilo que está lá [em Feira de Santana] está virando ditadura. Observe que s secretários todos têm as mesmas caras. Os diretores, os superintendentes, o governo. Todo mundo há 20 anos encastelado. Isso não pode ser assim. O governo do Estado tem 12 [anos], partido para 13. Lá [em Feira] já tem 20. Eu sou contra”, criticou o parlamentar, que diz estar comandando um movimento denominado “Muda, Feira”.

“O nosso movimento não esta à cata de candidato a prefeito. Por uma razão só: a candidatura a prefeito não é ato de vontade. Ato de vontade é ser deputado ou vereador. O bom candidato não é o que nasce de grupo politico, mas o que aflora em movimentos sociais, que aparece na rua”, pontuou Targino, durante evento dos presidentes das Assembleias Legislativas do Nordeste (ParlaNordeste), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

“A gente quer conversar, porque um governo que fica 20 anos no poder já não conversa, se julga dono da cidade. E a principal ferramenta da democracia é a alternância de poder”, acrescentou o democrata.