Publicado em 02/02/2016 às 14h00.

‘Possibilidade de ser candidato a prefeito é 0%’, avisa Pinheiro

Senador do PT é cortejado por outras legendas e admite que tem refletido sobre uma possível saída

Evilasio Junior
Foto: José Cruz/Agência Senado
Foto: José Cruz/Agência Senado

 

Especulado dentro do PT como possível concorrente do prefeito ACM Neto (DEM) na eleição de outubro, o senador Walter Pinheiro descarta ser candidato ao Palácio Thomé de Souza em qualquer hipótese. Em entrevista exclusiva ao bahia.ba, o parlamentar, que já concorreu ao posto em 2008, quando foi derrotado por João Henrique, assegura que o seu nome “não está e nunca esteve à disposição”.

“Isso é página virada há muito tempo. Não tenho discutido nada com ninguém do PT e meu nome não está em disputa interna. Já tinha comunicado há muito tempo que não ia colocar meu nome. Não sou candidato e não irei disputar absolutamente nada. Hoje, a minha possibilidade de ser candidato a prefeito de Salvador é de zero por cento”, enfatizou, ao garantir que os planos para 2016 não estão vinculados a uma possível tentativa de reeleição ao Congresso Nacional em 2018. “O que é isso que tentaram especular? Candidato derrotado que já vai disputar 16 sabendo que vai perder, de olho em 18? Não, não. O PT tem total liberdade para escolher o seu candidato em 2016 e 2018. Em 2018, a única certeza que eu tenho é que irei apoiar [o governador] Rui Costa”, arrematou.

Ao se declarar alheio às discussões políticas sobre a sucessão, o petista aproveitou o recesso para “curtir os seis netos” e “cuidar um pouco da saúde”. Ele só foi liberado da bateria de exames que fez no Hospital Anna Nery, em Salvador, nesta terça-feira (2) e retornará a Brasília na quarta (3). Sondado pelo PDT e pretendido pelo PSB, Pinheiro não descarta deixar o atual partido, mas garante que não há nada definido quanto a uma nova morada. “Tive sim uma conversa com Felinho [deputado federal Félix Jr., presidente estadual do PDT] e ele queria que eu conversasse com [Carlos] Lupi [comandante geral pedetista]. Eu fiz a opção de não conversar com nenhum partido. Só converso com partido no dia em que estiver, e se estiver, fora do meu partido. Todo dia encontro Lídice [senadora e presidente do PSB na Bahia]. Somos separados por uma parede [divisória dos gabinetes]. Não topo esse negócio de promessa, tampouco negociar espaço onde não sei, esse negócio de vou e não vou. Não quero criar expectativa com ninguém”, refutou, sem deixar de alfinetar a quantidade de boatos que envolve o seu futuro: “Talvez a tentativa seja de fazer especulação para ver se acertam o assunto”.

Sobre o provável ingresso em outra legenda, o senador admite apenas que tem refletido sobre o assunto. “Estou discutindo a minha vida e, quando eu decidir, as pessoas vão ficar sabendo”, avisou.

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