Publicado em 23/02/2016 às 16h58.

Mercado imobiliário baiano fecha 2015 em queda, aponta Ademi

Apesar das dificuldades, dirigentes da entidade sugerem que este é o melhor momento para aquisição de imóveis com preços baixos e boa oferta de crédito

Redação
Dirigentes da Ademi apresentam balanço do mercado imobiliário em 2015 (Foto: Ademi/Divulgação)
Dirigentes da Ademi apresentam balanço do mercado imobiliário em 2015 (Foto: Ademi/Divulgação)

 

O desempenho do mercado imobiliário baiano em 2015 não foi dos melhores. Pelo menos é isso que apontam os dados apresentados nesta terça-feira (23) pelo presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Luciano Muricy Fontes. Acompanhado do diretor de marketing da entidade, José Azevedo Filho.  Fontes apresentou os números de unidades lançadas e vendidas, mostrando que houve uma queda acentuada em 2015 em relação ao ano anterior.

De acordo com os números, no ano passado foram lançados no mercado de Salvador e das cidades pesquisadas pela entidade (Feira de Santana, Camaçari e Lauro de Freitas) 4.285 novos empreendimentos. Desse total, cerca de 95% são imóveis de dois quartos e 92% do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).  O número de unidades vendidas no ano passado chegou à marca de 6.819, dos quais 3.727 foram por meio do programa do governo federal.

Em 2015, foram lançadas na capital baiana 895 unidades, sendo 584 do programa MCMV. Os números apresentados pelos dirigentes da Ademi apontam uma redução tanto nos lançamentos quanto nas vendas em comparação com o ano de 2014, quando 2.092 novos empreendimentos surgiram no mercado de Salvador e foram vendidos 5.019, contra 3.443 em 2015.

“Os números mostram que diversos fatores mantiveram o mercado imobiliário de Salvador em ritmo decrescente nos últimos anos, o que tem reflexos diretos na geração de emprego e renda. Apesar de ser uma das capitais com menor valor do metro quadrado, esse cenário pode mudar em breve, caso novos lançamentos não sejam feitos. Sem novos lançamentos, os preços podem subir exponencialmente”, alerta o presidente da Ademi-BA.

Crise x PDDU – Conforme avaliaram os dirigentes da Ademi, a crise econômica e a instabilidade política no país, aliadas à falta de aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e da Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo (Louos) são os principais fatores responsáveis pela redução no número de novos lançamentos.

Apesar das dificuldades, o recado da Ademi-BA para os clientes é de que este é o melhor momento para a aquisição de imóvel. “Temos disponíveis no mercado imóveis com preços baixos e ainda uma boa oferta de crédito imobiliário nos bancos. Mesmo com toda a turbulência, não temos dúvidas de que o momento para quem quer realizar o sonho da casa própria é agora”, explica José Azevedo Filho.

Para reverter o quadro, os representantes da Ademi apostam na aprovação do PDDU e na possibilidade de novas áreas ao redor de vias estruturantes, como a Linha Azul (Avenida Pinto de Aguiar + Avenida Gal Costa) e Linha Vermelha (Avenida Orlando Gomes + Avenida 29 de Março), o que pode estimular o mercado imobiliário de Salvador a recuperar o fôlego. “Além da aprovação do PDDU, a redução da burocracia também soma positivamente no clima econômico da cidade”, avalia Azevedo Filho.

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