‘Postura eleitoreira em ano de eleição’, diz Bellintani sobre greve

Secretário de Educação e prefeito ACM Neto adiaram a viagem que fariam para os EUA após decisão dos professores

Luís Filipe Veloso

O secretário de Educação de Salvador, Guilherme Bellintani, afirmou ao bahia.ba na tarde desta quarta-feira (2) que a decisão dos professores da rede municipal de decretar greve é uma “postura eleitoreira em ano de eleição municipal”. De acordo com o gestor, a prefeitura já cumpriu 82% da contratação dos mil educadores que serão convocados para suprir a universalização da reserva de jornada de trabalho.

O chefe da pasta argumentou que a lei que garantiu o direito aos docentes, de dezembro de 2014, permanecia estática há 20 anos. “O prefeito ACM Neto teve a coragem de tirar do papel mesmo com a oneração dos cofres públicos em R$ 80 milhões. A lei foi enviada à Câmara pelo Executivo. Como ele não teria interesse em colocar em prática?”, indagou.

Bellintani informou que não foi comunicado oficialmente da decisão dos educadores mas já adiou a viagem que faria com o prefeito para a Califórnia, nos Estados Unidos, para conhecer o Google Edu.

O secretário falou das dificuldades burocráticas para convocar mais professores, já que muitos não se apresentaram no tempo exigido, de cinco dias úteis, o que provocou a necessidade de novas chamadas por ordem de colocação.

Representantes da categoria e da Secretaria de Educação se reunirão nesta quinta-feira (3) com o Ministério Público e integrantes da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores para discutir o cumprimento das exigências da categoria.

Universalização da reserva – A universalização da reserva da jornada de trabalho consiste no direito de o educador utilizar um terço da carga horária de serviço para planejar atividades e corrigir avaliações.