Publicado em 06/03/2016 às 07h20.

Manuscrito de lobista apontaria propina paga a senadores, diz Folha

Renan Calheiros (PMDB-AL) Romero Jucá (PMDB-RR) e Gim Argello (PTB-DF) teriam cobrado R$ 45 milhões de suborno

Redação
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

 

Um manuscrito atribuído ao lobista Alexandre Paes dos Santos (APS) indicaria o pagamento de propinas ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) e ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF). De acordo com a Folha, o documento foi encontrado durante a Operação Zelotes, que investiga um suposto esquema de compra de medidas provisórias em favorecimento de montadoras de veículos. No papel, haveria a inscrição do número “45”, seguida das anotações: “15 – GA”; “15 – RC”; e “15 – RJ”, que seriam as iniciais dos nomes dos parlamentares. Segundo a reportagem, um laudo confirma que a caligrafia é do lobista, que está preso.

Os números e as iniciais cofirmam com a versão apresentada pelo ex-auditor da Receita Federal João Gruginski, também investigado pela Polícia Federal. Em dezembro do ano passado, ele disse ter escutado de “APS” que os três políticos pediram R$ 45 milhões para trabalharem pela aprovação de uma emenda de interesse das indústrias automotivas. Segundo Gruginski, responsável pela transcrição dos diálogos da reunião em um diário pessoal, APS “comentou abertamente” que os senadores pediram “R$ 15 milhões para cada”.

A defesa de Paes confirma que ele prestou serviço de lobby às montadoras Caoa e MMC Automotores, representante da Mitsubishi no Brasil, mas nega que tenha participado de negociações ilegais.

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