Publicado em 08/04/2020 às 12h00.

ACM Neto destina R$ 5 milhões para socorrer empresas de ônibus e cobra recursos do governo federal

Cifra foi destinada à compra antecipada de créditos de passagens para garantir serviço durante a crise do novo coronavírus

Alexandre Santos / Matheus Morais
Foto: Max Haack/Secom
Foto: Max Haack/Secom

 

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), informou que o município comprou R$ 5 milhões em créditos de passagens para minimizar os impactos econômicos no sistema de transporte da capital e, assim, garantir que as empresas de ônibus possam operar durante a crise do novo coronavírus. Ao anunciar o socorro, ele também cobrou que o governo federal passe a destinar subsídios para ajudar as cidades a enfrentar o atual cenário.

“Esse dinheiro será essencial para que o sistema tenha, nesse volume, uma ampliação do seu faturamento e, com isso, as empresas consigam pagar o que está acertado com rodoviários, o que está acertado de óleo diesel e das coisas que não podem deixar de ser pagas para o funcionamento dos ônibus”, disse o prefeito em entrevista coletiva.

Mais cedo, ACM Neto já havia dito que o fluxo de usuários caiu 70% desde que foram decretadas medidas de restrição para combater o avanço da Covid-19 na capital.

De acordo com o gestor, os R$ 5 milhões adquiridos serão futuramente destinados à área social.

“Vocês vão me perguntar: ‘Como é que as prefeitura vai usar esses R$ 5 milhões?’ Nós vamos deixar passar a crise. Eu não posso usar na crise, porque senão vou estar dando com uma mão e tirando com a outra. Não vai resolver o problema. Nós vamos usar na área social, voltado para assistência, a quem mais precisa. A Secretaria de Promoção Social terá a nossa delegação para definir a forma de aplicação desses R$ 5 milhões de créditos”, explicou ACM Neto.

O chefe do Palácio Thomé de Souza disse que, diante das incertezas na economia, não tem previsão sobre até quando poderá contingenciar recursos municipais para aplicar em outros setores.

“Primeiro, porque não sei se a prefeitura vai ter mais recursos para colocar. Também porque nós estamos trabalhando no sentido do Congresso Nacional, do governo federal, tomarem as medidas para injetar dinheiro nas empresas.”

“Até quem sabe para ajudar as prefeituras. Aí tem um dado: 48 cidades do Brasil concentram 80% dos casos de coronavírus. Essas cidades são as mais afetadas. Já passou da hora de [o governo] dar um apoio direto a essas cidades. E uma das linhas pode ser oferecer recursos para subsidiar essa compra de crédito que essas prefeituras estão fazendo”, reiterou ACM Neto.

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