Publicado em 15/12/2020 às 18h00.

Vacina russa tem 91,4% de eficácia; percentual sobe para 100% em casos graves

Secretário Fábio Vilas-Boas, titular da Sesab compartilhou dados do release divulgado pelo Fundo Soberano Russo nesta terça (15)

Redação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil — Foto: Ilustrativa/ Marcelo Camargo/Agência Brasil

A vacina Sputnik V, produzida na Rússia, tem 100% de eficácia em casos graves de coronavírus. A informação foi compartilhada pelo secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, em seu perfil nas redes sociais.

O titular da Sesab compartilhou dados do release divulgado pelo Fundo Soberano Russo, segundo o qual entre os casos confirmados de infecção por coronavírus, 20 casos graves foram registrados no grupo do placebo e nenhum no grupo de voluntários que tomaram a vacina.

Em geral, a eficácia da vacina Sputnik V é de 91,4%, de acordo com dados obtidos 21 dias após a administração da primeira dose. O cálculo se baseia na análise de dados dos 22.714 voluntários, que receberam a primeira e a segunda doses do imunizante ou do placebo no terceiro e último ponto de controle de 78 casos confirmados, de acordo com ensaios clínicos da Fase III.

A eficácia da vacina Sputnik V é de 91,4%, com base na análise do ponto de controle final dos dados obtidos 21 dias após a administração da primeira dose. Os resultados acabam de ser divulgados pelo RDIF – Fundo Soberano Russo.https://t.co/aUaFNBgIqR
— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) December 15, 2020

Esses dados serão usados em relatório elaborado pelo Centro Gamaleya, que submeterá à aprovação de diversos países para registro da Sputnik V.

“Aqui na Bahia, estamos trabalhando para conduzir um ensaio clínico que irá acelerar a aprovação regulatória. O governador Rui Costa está dando todo apoio para trazer as vacinas para o país o mais breve possível”, destacou Vilas-Boas.

Na semana passada, o governador anunciou que ofereceu o Instituto Couto Maia e as Obras Sociais Irmã Dulce para realização dos estudos. O objetivo é acelerar a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o Fundo Soberano Russo, foram observadas taxas de eficácia acima de 90% em cada um dos três pontos de controle dos ensaios clínicos, que atingiram 20, 39 e 78 casos de nova infecção por coronavírus entre voluntários tanto no grupo placebo quanto no grupo que recebeu a vacina. O percentual de eficácia foi calculada em 92% no primeiro ponto e de 91,4% no segundo.