Publicado em 04/11/2022 às 08h41.

Kiki descarta possibilidade de Muniz assumir presidência da CMS após saída de Geraldo Jr.

Ex-secretário é cotado para disputar a Presidência da Casa pela base do prefeito Bruno Reis

Mattheus Miranda
Foto: Tiago Cruz / Bahia.ba
Foto: Tiago Cruz / Bahia.ba

 

O vice-líder da base do governo na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Kiki Bispo (União Brasil), é cotado para disputar a Presidência da Casa. Em entrevista ao In OFF Cast, nesta quinta-feira (3), o ex-secretário da Sempre comentou sobre o pleito, que deve ser realizado em dezembro, e garantiu que o nome será escolhido em conjunto com a base do prefeito Bruno Reis (União Brasil).

“Desde quando o ministro Nunes Marques (STF) despachou determinando a liminar cancelando a reeleição de Geraldo Jr. e determinando uma nova, é claro que a base do governo (comemorou), até pelas circunstâncias da atualidade, onde o presidente Geraldo Jr. é um presidente de oposição. Naturalmente, em todas as casas de leis do país o comum é que o presidente da Casa seja o escolhido da maioria. A maioria é governista. Foi assim que o povo da cidade escolheu. Bruno Reis foi eleito no 1º turno o prefeito mais votado dentre as capitais brasileiras no ano de 2020, portanto isso é uma vontade popular, que acaba repercutindo na CMS”, disse Kiki.

Ainda durante a entrevista ao jornalista Matheus Morais, o vereador desconversou sobre sua candidatura e destacou que o nome será escolhido em conjunto. “Hoje nós somos 30 vereadores (na base de Bruno Reis). É natural que a gente, da base do governo, escolha um nome e concorra a presidência se o lado oposicionista tiver uma chapa. Nesse momento nós estamos debruçados internamente, discutindo internamente, e, tão logo seja oportuno, nós vamos apresentar uma chapa pronta, com a base do governo e com apoio de todos os vereadores da base do governo”, completou Kiki.

Antes de migrar para o grupo de Rui Costa (PT), o atual presidente da Casa, Geraldo Jr. (MDB), adiantou a eleição que aconteceria no segundo semestre e conseguiu se reeleger para um eventual terceiro mandato a partir de 2023. O União Brasil questionou a legalidade do ato e conseguiu uma decisão a favor da anulação do pleito.

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os efeitos da eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Salvador, realizada em 29 de março de 2022, relativa ao biênio 2023-2024, e determinou a efetivação de novo pleito.

Na sequência, o ministro Gilmar Mendes, também do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista, ou seja, mais tempo para decidir o seu voto, no pleito que decide se mantém ou não o resultado da eleição que manteve Geraldo no cargo.

Segundo Kiki, o pedido de vistas não suspende o efeito da liminar de Nunes Marques. “A Câmara, que já foi notificada da liminar, tem que cumprir aquilo que determina o regimento, que é fazer uma eleição na última sessão de dezembro”, acrescentou o ex-secretário.

Geraldo Jr., que vai renunciar no dia 31 de dezembro para assumir o cargo de vice-governador da Bahia, indicou que não ocorrerão novas eleições para o comando da Casa. Objetivo do emedebista é deixar a Presidência da Casa a partir do próximo ano para o 1° vice-presidente Carlos Muniz (PTB).

“Carlos Muniz não é o vice porque a chapa foi anulada. Foi disfeita. Quem vai assumir é uma chapa, que vai ser escolhida em uma eleição em dezembro, conforme prevê o regimento interno e conforme está determinando o STF. É claro que a medida liminar ainda tem que ser ratificada pelo plenário, mas ainda quando não fizer, ela tem que ser cumprida, até porque nós temos um prazo, que não pode chegar em janeiro com a liminar vigente e sem ter uma nova eleição”, concluiu Kiki Bispo.

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