Pedro Tourinho sobre Liberatum: ‘cravar Salvador como a capital afro das Américas’

A cidade de Salvador, considerada a capital mais negra do mundo fora da África, começa a dar passos largos a caminho da visibilidade e valorização cultural do povo preto. A partir desta sexta-feira (3), o município recebe o Liberatum Festival, que conta com leque de atrações nacionais e internacionais para uma série de palestras e shows. Fomentador da iniciativa, o secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho explicou ao bahia.ba a importância do evento para a capital.

“O Liberatum é um evento que já aconteceu em vários países do mundo, que está vindo para Salvador. A gente quer, inclusive, que fique todos os anos. Ele conecta Salvador com o mundo e conecta o mundo com Salvador. Para a gente, é super importante nesse momento, que a gente está cada vez mais posicionando e firmando Salvador como a capital afro das Américas, termos eventos internacionais aqui”, ressaltou o titular da pasta ao bahia.ba, durante a abertura do evento, no Centro de Convenções.

Dentre as atrações que estão participando do festival estão: as atrizes internacionais Viola Davis; Rossy de Palma; Angela Bassett; e nacional, Taís Araújo; as cantoras internacional Debbie Harry; e nacionais Alcione e IZA. De acordo com o Tourinho, a realização do evento na capital baiana partiu de “um desejo antigo” do fundador do festival, Pablo Ganguli.

“O Pablo, que é o fundador do festival, já quer trazer há muitos anos esse festival para cá. Eu já falo com ele sobre isso há cinco anos, mesmo quando eu estava na iniciativa privada, de como trazer o festival para Salvador. E esse ano finalmente aconteceu. Mas é um desejo antigo do fundador do Liberato de ter esse festival aqui”, disse.

Tourinho ainda enfatizou que o evento é uma das estratégias para cravar “Salvador como a capital afro das Américas” a nível mundial. Ele ainda comentou os critérios para a escolha das atrações.

“Isso é um privilégio para a cidade e faz parte de uma estratégia mais ampla de realmente de cravar Salvador como a capital afro das Américas”, afirmou. “Eles têm uma rede muito grande de conexão com o talento internacional. Então eles trouxeram sempre conversando com a gente, houve uma troca muito grande nesse sentido. Mas os convidados foi da rede internacional do Liberatum”, acrescentou.

O Novembro Negro na capital baiana conta com um leque de programação diversas para os baianos e visitantes, incluindo o Festival AfroPunk, o Candyall e Tal, Festival Capital Afro e dentre outros. Com a movimentação, o setor de hotelaria já possui está com quase 100% dos quartos ocupados, conforme informou Tourinho.

“Então a gente fez um trabalho ativo de trazer esses eventos, de fazê-los numa mesma época do ano, para que as pessoas possam ter essa noção de que tudo acontece ao mesmo tempo aqui e que eu não posso estar em outro lugar que não seja Salvador. Isso é parte de uma estratégia. A gente está com os hotéis quase 90% já no início do mês. No final do mês já não tem mais vaga em hotel nenhum”, revelou à imprensa.