Publicado em 23/01/2024 às 13h24.

Werner: SSP está adotando medidas necessárias para conter conflitos no campo

Titular da pasta afirmou que apuração sobre morte recente de pataxó é norteada por plano de ação implementado há um ano

Alexandre Santos / Fernanda Chagas
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

O reforço do policiamento ostensivo e a criação da Companhia de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos (Cimcau) estão entre as ações listadas pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, diante da escalada da violência no campo cujas vítimas são índigenas em sua maioria.

No caso mais recente, no domingo (21), a pataxó Maria Fátima Muniz de Andrade foi morta a tiros na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, na zona rural do município de Potiraguá, sul da Bahia. O cacique Nailton Muniz Pataxó também foi baleado na mesma ação, mas sobreviveu. Dois fazendeiros foram presos em flagrante suspeitos do homicídio e tentativa de homicídio.

“Tivemos o reforço do policiamento a partir daquele evento. Temos hoje mais de 20 policiais do Choque, dez do Bope, além das forças de segurança que estão lá. Tivemos encaminhamento da coordenação de conflitos fundiários da Polícia Civil, que está conduzindo as investigações naquela área. Duas pessoas que estavam diretamente ligadas ao evento foram presas em flagrante delito, com a apreensão de quatro armas de fogo”, disse Werner na manhã desta terça-feira (23), durante lançamento da operação de segurança para a festa.

“Estamos adotando todas as medidas necessárias para que essas pessoas, e outras que porventura estiveram lá e foram copartícipe daquele evento, sejam responsabilizadas”, afirmou o secretário.

Segundo Werner, após assumir a pasta, no ano passado, foi instituído um plano de ação para enfrentamento de conflitos agrário e urbano. “Parte desse plano foi materializado com a criação do Cimcau [Companhia de Mediação de Conflitos Agrários e Urbanos] ontem. Essa é uma companhia inovadora, a primeira dessa natureza em todo o Brasil, que visa fazer o gerenciamento de crise, preparar o policial para esse tipo de contenda, para fazer a tratativa da mediação. A gente tem sempre que respeitar a lei. Não podemos permitir que eventos que aconteceram como neste neste fim de semana se perpetuem”, disse.

 

 

 

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