Publicado em 10/06/2024 às 13h59.

Em meio à chegada de nova facção, prefeito cobra atuação do governo Jerônimo

"A gente espera que o Estado tenha condições de impedir que facções possam se instalar em nossa cidade", afirmou Bruno Reis (União Brasil)

Gabriela Araújo
Foto: Gabriela Araújo/bahia.ba

 

O avanço das facções em Salvador vem amedrontando os soteropolitanos que vivem em bairros periféricos. Em meio à ameaça da chegada de uma nova organização criminosa na capital baiana, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) avaliou a situação como “entristecedora” e cobrou sutilmente que o Estado, comandado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), cumpra a função. 

“Todo mundo sabe que a prefeitura não tem força policial, não tem inteligência, expertise para combater o tráfico de drogas e o de armas e para fazer o enfrentamento da guerra das facções. […]. A gente se entristece ao ver a chegada de mais uma facção a nossa cidade, facções vindo do Rio de Janeiro que é extremamente violenta que utiliza as piores práticas. Então, a gente espera que o Estado tenha condições de impedir que facções como essa possam se instalar em nossa cidade”, disse Reis, nesta segunda-feira (10), após a apresentação da Escola de Música Leiteres Leite, no bairro do Comércio. 

A nova facção, de acordo com o jornal Correio, atua na região de Mussurunga e deseja se apoderar da comunidade de Vila Verde. O Terceiro Comando Puro (TCP), como é chamada, começou a sua territorialização nas cidades do interior da Bahia, a exemplo do município de Santo Amaro da Purificação. 

A violência desenfreada na capital baiana vem afetando o funcionamento dos colégios, principalmente os municipais. No último ataque das organizações criminosas na própria comunidade de Vila Verde, a escola Laura Sales de Almeida ficou mais de 20 dias sem atividade, retomando o funcionamento hoje. 

Questionado por jornalistas sobre as ações da prefeitura para evitar que os alunos percam o ano letivo devido às ações criminosas, o chefe do Executivo falou sobre o trabalho dos guardas municipais (GCM). 

“O que a guarda municipal e a prefeitura estão fazendo é nessas áreas que estão com problemas, tentando garantir o funcionamento das escolas com a guarda municipal dando segurança aos alunos que vão para as escolas e aos prédios públicos. Mas efetivamente o que se espera é que o estado”, afirmou o prefeito. 

Em vista disso, Bruno Reis (União Brasil) ainda se colocou à disposição do governo Jerônimo (PT) para auxiliar no combate à violência, com ajuda dos GCMs, que segundo ele, vem fazendo “papel de poder de polícia” no Centro Histórico. 

“Volto a dizer que a prefeitura e todas as outras áreas, vem fazendo um grande esforço para dar sua contribuição em relação ao combate à violência. Alguns casos como, por exemplo, no Centro Histórico, no Pelourinho, [eles estão] fazendo até o papel de poder de polícia. Mas, efetivamente, nessas brigas de facções cabe ao governo e esforço dos policiais. Mas o que a prefeitura poder colaborar nos estamos inteiramente à disposição para ajudar ao estado para vencer essa guerra do crime da marginalidade”, concluiu. 

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