Publicado em 22/07/2024 às 09h22.

Geraldo minimiza sondagens, nega oportunismo e diz que era peixe fora d’água com ACM Neto

‘Eles ficam com as pesquisas, e nós ficamos com as vitórias’, afirmou o vice-prefeito e pré-candidato do MDB em entrevista à emissora de rádio

Alexandre Santos / Matheus Morais
Foto: Matheus Morais/Rádio Mix

 

O vice-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), minimizou nesta segunda-feira (22) as recentes pesquisas que mostram a liderança do prefeito Bruno Reis (Uinião Brasil) e apontam para um cenário de reeleição já no primeiro turno. Apesar do favoritismo do principal adversário, o emedebista comemora a leve oscilação positiva de seu nome e vê nas sondagens um “desejo de mudança” da população.

“As pessoas entendem que a cidade está com uma marca, com um paisagem para campanha publicitária, e estão começando a se perguntar: ‘O que mudou na minha vida?’ ‘O quê que [eu fiz], com o tempo, com a evolução dessa paisagem de devastar as áreas verdes da cidade e acimentá-las? ‘Eu comprei um carro?’ ‘Meu filho está na universidade?’ ‘Eu comprei uma geladeira nova?’. ‘Eu mudei de casa?’. ‘Estou conseguindo me comunicar com a cidade?’”, declarou Geraldo Jr. em entrevista à Rádio Mix FM.

Ao relativizar o desempenho do atual prefeito, o vice-governador lançou mão de uma metáfora cuja autoria atribui ao senador Jaques Wagner (PT), a quem chamou de “grande conselheiro político”. “Um ensinamento que o senador Jaques Wagner me deu: ‘Eles ficam com as pesquisas, e nós ficamos com as vitórias’”, disse.

Durante a entrevista, Geraldo Jr. também rechaçou a pecha de “oportunista” por ter deixado o até então aliado ACM Neto e migrado para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) às vésperas das eleições de 2022, quando acabou alçado ao posto de vice do petista. Sem citar nomes, justificou que tomou a decisão por se sentir “um peixe fora d’água” no grupo liderado pelo ex-prefeito.

“Quando as pessoas falam de oportunismo, eu digo: ‘Como oportunismo”? Se eu estava numa zona de conforto, num grupo político como presidente da Câmara municipal, já reeleito antecipadamente, porque o regimento da Casa permitia. Tive de novo a soberania dos votos.”

 

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