Publicado em 14/11/2024 às 18h47.

Ministro de Lula diz que ato terrorista foi ‘alimentado’ por bolsonaristas

Paulo Pimenta, ainda descartou a tese de que o responsável por explosões na Praça dos Três Poderes queria se suicidar

Redação
Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara

 

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, afirmou que as explosões na Praça dos Três Poderes não foi um ato isolado, e afirmou que o homem bomba que estremeceu Brasília na noite de quarta-feira (13) foi alimentado por um discurso de ódio propagado por bolsonaristas nos últimos anos. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

“Eu não acho que a gente deve tratar como um caso isolado”, falou Pimenta em um vídeo publicado no X. “Tem um ditado popular que fala que quem planta vento colhe tempestade. O Brasil tem sido alimentado por um discurso de ódio, de intolerância, contra a democracia e as instituições. O episódio da Carla Zambelli, o ataque do Roberto Jefferson no dia da eleição, o ato que aconteceu em Brasília no dia da diplomação, 12 de dezembro, a tentativa de explosão do aeroporto, o 8 de janeiro, com todas as suas conexões criminosas”.

O Metrópoles aponta que apesar de as investigações sobre o caso ainda estarem em curso, o ministro da Secom disse não acreditar que Francisco Wanderley Luiz queria se suicidar durante a ação. “Analisando os vídeos e o contexto todo, eu não encontro elementos para justificar qualquer tese de suicídio. Na minha opinião está muito claro que ele tinha um método e tinha um objetivo. Tentou invadir o Supremo Tribunal Federal, tinha material explosivo no carro, no trailer e na casa. Ninguém aluga uma casa pelo Airbnb para vir se suicidar”, declarou Pimenta.

As declarações do titular da Comunicação do governo Lula vão ao encontro com a principal tese da Polícia Federal, que afirmou que a ação não foi um fato isolado e se conecta a outros casos de extremismo no Brasil, como os atos golpistas do 8 de janeiro. Pela manha, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que o objetivo do homem bomba de Santa Catarina, que chegou a concorrer as eleições de 2020 pelo Partido Liberal (PL), era matar ministros do STF. O alvo principal de Francisco Wanderley seria Alexandre de Moraes, acrescenta o Metrópoles.

 

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