Publicado em 23/11/2024 às 16h30.

Braga Netto nega plano de golpe: ‘Nunca se tratou disso, muito menos de assassinato’

O general da reserva do Exército lançou comunicado oficial em suas redes sociais, neste sábado (23)

Redação
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

O general da reserva do Exército Walter Braga Netto afirmou neste sábado (23) que nunca houve tentativa de golpe e “muito menos plano de assassinar alguém”. Ele classificou como “tese fantasiosa e absurda” a ideia de um “golpe dentro do golpe”.

Ex-chefe da Casa Civil e ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PL), além de candidato a vice na chapa de reeleição do ex-presidente, Braga Netto foi indiciado, junto com outras 36 pessoas, na última quinta-feira (21).

“Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade…”, declarou o general.

Em nota, a defesa de Braga Netto afirmou acreditar que “a observância dos ritos do devido processo legal esclarecerá a verdade dos fatos e as responsabilidades de cada envolvido nos inquéritos, seja por ações ou omissões”. O texto também ressalta que o general manteve lealdade a Bolsonaro até o fim de seu governo e segue fiel a ele “por compartilharem os mesmos valores e princípios inegociáveis”.

A Polícia Federal concluiu na última quinta-feira (21) o inquérito que resultou no indiciamento de Bolsonaro, Braga Netto e mais 35 pessoas por suposto envolvimento na idealização de um golpe de Estado em 2022, após as eleições. O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

De acordo com a investigação, um plano para assassinar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes teria sido discutido na residência de Braga Netto, em novembro de 2022. A ideia, segundo a PF, seria realizar uma operação clandestina antes da posse, prevista para 1º de janeiro de 2023.

Na próxima segunda-feira (25), o ministro Moraes deve remeter o relatório à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisará a consistência das provas para decidir sobre a apresentação de denúncia ou a solicitação de novas diligências. O parecer da PGR será posteriormente encaminhado ao STF.

 

 

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