Pagamos o 2º combustível mais alto do país, diz dirigente sindical ao defender recompra da RLAM
Refinaria foi privatizada e vendida a um fundo árabe na gestão de Jair Bolsonaro (PL), em novembro de 2021, dentro da política de desinvestimentos da Petrobras
O presidente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Deyvid Bacelar, afirmou que a privatização da RLAM (Refinaria Landulfo Alves) resultou em preços mais altos e no desabastecimento de alguns combustíveis na Bahia.
“É importante a gente lembrar que tudo que foi dito, quando fizemos a maior greve da história da categoria petroleira, se concretizou. Pagamos o segundo preço dos combustíveis mais alto do país. O gás de cozinha está a um valor exorbitante e a indústria química e petroquímica também sofre pagando derivados do petróleo mais caros do que os praticados pela Petrobras”, disse Bacelar.
A RLAM foi privatizada e vendida a um fundo árabe na gestão de Jair Bolsonaro (PL), em novembro de 2021, dentro da política de desinvestimentos da Petrobras, iniciada no governo passado. Desde que chegou à Presidência, porém, a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negocia a recompra da unidade.
“Urge fazermos essa pressão junto ao governo federal, ao nosso presidente Lula, que se comprometeu em fazer reestatizações de ativos estratégicos para a Petrobras e para o Brasil e, sem dúvida alguma, a Refinaria Landulfo Alves é um ativo estratégico para a Petrobras, para a Bahia e para o Brasil”, defendeu Bacelar.
As declarações do dirigente foram feitas durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir a retomada das operações da Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) e recompra de RLAM pela Petrobras.
O evento reuniu trabalhadores da indústria química e petroquímica, além de empresários, lideranças sindicais e representantes do segmento.
“O que precisa é a agilidade do nosso governo e da Petrobras de encontrar um caminho para que a gente possa retomar o funcionamento da Fafen, efetivar a recompra da Refinaria, resolvendo os problemas não só dos trabalhadores, mas também da política de petróleo e de refino no Brasil”, disse deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), líder do governo, que propôs a audiência.
O deputado Eduardo Salles (PP), representante do agronegócio, afirmou que o setor tem sido severamente impactado com a venda da Fafen, uma vez que precisa importar fertilizantes nitrogenados.
“Essas unidades são essenciais para a agricultura no país e para a segurança alimentar global. Precisamos retomar essa produção de fertilizantes nitrogenados, isso é estratégico, além de garantir uma política pública de preço do gás, matéria prima base para a produção de ureia. A pauta reincidirá até que tenhamos uma solução definitiva”, disse Salles.
Elisabete Sacramento, diretora do Sindipetro, pediu que representantes do Legislativo potencializem o que chamou de lutas pela não entrega das estatais e em defesa da soberania nacional.
A audiência também discutiu o impacto de demissões e transferências na queda de arrecadação do estado, a importância de manter as empresas dentro de uma transição energética, bem como seus benefícios produtivo, ambiental e social.
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