Publicado em 03/12/2024 às 12h07.

Fazenda deve revisar sua projeção para o PIB anual após alta em dado do 3º trimestre

O ministério comunicou a possibilidade de revisão por meio de nota

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O crescimento de 0,9% do PIB brasileiro no terceiro trimestre, conforme foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) nesta terça-feira (3), é superior à projeção do boletim Macrofiscal do Ministério da Fazenda para o período e deve acarretar uma revisão do dado, estimado a 3,3% para o ano, é o que aponta uma nota divulgada pela Secretaria de Política Econômica (SPE).

“Dessa maneira, a projeção do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024, atualmente em 3,3%, deverá ser revisada para cima, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços”, diz o texto.

Segundo matéria do Estadão, a avaliação da SPE é de que o desempenho no trimestre mostrou um movimento de economia em “ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais”. Pelo lado da demanda, o resultado reflete a expansão do consumo das famílias e do investimento.

Já em relação ao desempenho projetado para os setores pela secretaria, houve uma queda mais acentuada na atividade agropecuária e menor expansão da indústria, em função do recuo na produção extrativa e da construção. Já o setor de serviços foi uma surpresa positiva.

“A taxa de investimento aumentou de 16,6% no segundo trimestre para 17,6% no terceiro, refletindo a maior expansão da formação bruta de capital fixo comparativamente ao avanço do PIB em valores correntes”, diz a nota.

A avaliação da SPE é de que a política de juros mais altos deverá restringir o ritmo de expansão de concessões de crédito e investimentos. Por outro lado, os impulsos do mercado de trabalho, resiliente, devem estimular a produção e o consumo das famílias.

“Para 2025, destaca-se a boa perspectiva para setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa. O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais”, diz a nota.

A nota ainda traz uma comparação feita entre os países do G-20 que já divulgaram o PIB do terceiro trimestre que apontam o Brasil na quarta colocação, tanto em relação ao trimestre anterior quanto na comparação interanual, atrás apenas do México, Índia e Indonésia e no mesmo patamar da China. Já no acumulado dos quatro trimestres, o País possuí a sexta melhor posição.

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