Publicado em 13/12/2024 às 12h25.

Dólar hoje opera em alta, mas caminha para perda semanal

Atenções dos investidores continuam voltadas sobre o cenário fiscal do país

Redação
Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

 

O dólar operava em alta perante o real nesta sexta-feira (13), à medida que os investidores esperavam por novas notícias sobre a tramitação do pacote fiscal do governo no Congresso e permaneciam cautelosos em uma sessão de agenda relativamente esvaziada.

Segundo informações do portal InfoMoney, as preocupações do mercado com a trajetória das contas públicas do país continua sendo o principal foco no mercado de câmbio e as atenções dos investidores devem se voltar para o Congresso, à espera do avanço das medidas de contenção de gastos propostas pelo governo.

 

Qual é a cotação do dólar hoje?

Às 10h10, o dólar à vista operou em alta de 0,40%, cotado a 6,033 na compra e R$ 6,034 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subiu 0,39%, a 6,009 pontos.

Na quinta-feira, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,90%, cotado a 6,0128 reais.

O Banco Central (BC) fará nesta sessão leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.

 

Dólar comercial

Compra: R$ 6,033

Venda: R$ 6,034

 

Dólar turismo

Compra: R$ 6,103

Venda: R$ 6,283

 

O que acontece com dólar hoje?

Na frente de dados, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,10% em outubro ante o mês anterior, bem acima da queda de 0,20% prevista pelo consenso da Reuters.

“O IBC-Br não vai mudar muito as percepções dos investidores, porém, essa ideia de que a economia e o mercado de trabalho estão mais aquecidos foi um dos pontos que vem sendo constantemente citado pelo Banco Central, que compõe um cenário de riscos inflacionários”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

A baixa variação desta sessão contrastava com a forte volatilidade presente nas negociações de quinta-feira, quando a moeda norte-americana oscilou quase 18 centavos entre a máxima e a mínima do dia, com o mercado reagindo à decisão do Copom e a temores pela trajetória das contas públicas.

A decisão do Copom de acelerar o ritmo de aperto monetário ao elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 12,25% ao ano, e indicar mais duas altas do mesmo tamanho provocou forte queda do dólar nas primeiras horas da sessão, em meio à perspectiva de maior diferencial de juros entre o Brasil e seus pares.

Durante a tarde, no entanto, a moeda norte-americana recuperou as perdas, à medida que o mercado atrelava as preocupações com o cenário fiscal ao estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e operava diante da forte queda na bolsa brasileira, que tirava liquidez do mercado.

Na semana, o dólar está a caminho de uma perda, após renovar a máxima histórica na segunda-feira, recuando 0,81% ante à cotação de fechamento da semana anterior.

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