Bruno acusa governo de ‘vender sonhos’ e prega cautela em obra do Centro de Convenções

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), afirmou nesta sexta-feira (5) que a construção do novo Centro de Convenções da cidade só será anunciada oficialmente após a conclusão dos estudos técnicos e do processo de licitação. O gestor aproveitou para criticar o governo da Bahia, acusando a gestão estadual de criar “ilusões, promessas e vender sonhos”.

“Nós estamos concluindo as sondagens. Amanhã, sábado e domingo, tem sondagem lá embaixo da Prefeitura. O projeto está sendo elaborado. Quando eu concluir o projeto e licitar a obra, vocês vão ser chamados para a ordem de serviço”, disse. “Vocês nunca me viram convocar para dar ordem de serviço de licitação de projeto. Por quê? Porque pode ser que o projeto indique que a obra não é viável, que é impossível ser realizada.”

Bruno comparou a condução da sua gestão com a do governo estadual, citando como exemplo o anúncio recente da licitação do metrô até o Campo Grande. “Com todo respeito, torço muito, mas o governo está chamando para lançar uma licitação para levar o metrô até o Campo Grande, uma obra importantíssima. Agora, antes de fazer isso, tinha que executar o projeto, ter certeza de que ele é viável, ter uma estimativa orçamentária. Depois criam expectativas nas pessoas”, afirmou.

O prefeito também fez críticas ao projeto do VLT Salvador-Alagoinhas. “Estou ouvindo falar de VLT Salvador-Alagoinhas, sem ter um estudo, um traçado definido, por onde vai passar. Aí, depois, o governo, que está derretendo, com desaprovação maior do que aprovação, quer culpar a oposição. Porque criam sonhos, expectativas, mexem com os sentimentos das pessoas sem ter certeza de que o projeto é viável.”

Segundo Bruno, o financiamento de parte dos recursos do novo Centro de Convenções já está sendo negociado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele, no entanto, reforçou que não trabalha com prazos até a finalização dos trâmites legais. “Sem prazos, sem datas. Prazo a gente estabelece depois que inicia a obra, está lá no contrato. E, se não cumprir o prazo, a culpa não é da gestão, é da empresa que ganhou e, às vezes, não tem capacidade técnica.”

O prefeito concluiu destacando o que considera uma diferença de postura entre sua gestão e a do governo estadual. “Enquanto vivem de ilusão, de promessas, vendendo sonhos, a gente dá resultado. Entrega, entrega, entrega e entrega”, afirmou.