Com aliados na mira, ACM Neto defende a Overclean: ‘Culpados sejam responsabilizados’

ACM Neto (União Brasil) defendeu as investigações da operação Overclean, que apura desvios milionários em contratos públicos na Bahia e outros estados. O atual presidente do partido e ex-prefeito de Salvador marcou presença no cortejo de celebração dos 202 anos da Independência da Bahia, na manhã desta quarta-feira (2).

“Eu sou do tipo que defendo investigação. Não passo a mão na cabeça de ninguém. Acima de tudo, se há alguma suspeita, que seja investigado. E se a investigação for séria e completa, depois as pessoas que forem inocentes serão inocentadas. As que tiverem culpa e responsabilidade serão responsabilizadas”, afirmou.

A Polícia Federal iniciou a operação no final do ano passado e no último 27 de junho, entrou na sua quarta fase, onde investiga a suspeita de uma organização criminosa em fraudes licitatórias que movimento aproximadamente R$ 1,4 bilhão em desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. O esquema envolve as participações de empresários, servidores públicos, vereadores, deputado federal e prefeitos, além de ex-prefeitos. Aliados de ACM Neto estão entre os suspeitos.

“Olha, eu nunca tive nada a ver com o negócio de Overclean. Então eu sempre fiquei muito tranquilo em relação a essa operação. No começo, o pessoal do governo quis explorar, tentando aproximar isso do União Brasil e agora aconteceu essa última etapa que mostrou prefeitos da base de Jerônimo do PT investigados. Eu acho que o que vale para um vale para outro. Ou seja, que todos tenham oportunidade de se defender, mas que sejam investigados com rigor. E ao fim, a apuração policial e judicial conclua quem tem ou não responsabilidade e aquele que tiver responsabilidade efetivamente pague o preço de eventuais erros que cometeu”, disse.

Possível candidato ao governo da Bahia nas eleições de 2026, ACM Neto falou da especulação de uma chapa “puro sangue do PT” com Jerônimo Rodrigues, atual chefe do Executivo estadual, com os ex-governadores, o senador Jaques Wagner, e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa.

“Não me cabe escolher adversário. Cabe a eles escolherem adversário. Mas eu fico na torcida que sejam os três do PT, porque nós vamos mostrar que é um partido da panelinha, que eles hoje se acham donos do Estado, que é Rui, Wagner e Jerônimo e não tem mais ninguém. Não é possível que não existam outras pessoas na vida pública que possam contribuir no governo do Estado, no Senado da República. Já são 20 anos, os baianos estão cansados, o resultado está aí. Então, cabe a eles escolherem na hora certa. Com certeza eles vão apresentar os seus nomes mas a gente vai ficar aqui na torcida para encarar os três do PT”, finalizou.

Nas eleições de 2026, os eleitores vão votar para deputados estadual e federal, senador, além de governador e presidente.