Advogada Ana Patrícia rebate acusações e fala em ‘ataque à advocacia’

A advogada Ana Patrícia Dantas Leão, ex-vice-presidente da OAB-BA, divulgou uma pública após ser citada em matérias de sites de Brasília que a acusam de fraude processual em uma ação de família. Além dela, também são mencionados os advogados Eugênio de Souza Kruschewsky e Michelle Santos Allan de Oliveira.

Ana Patrícia classificou as publicações como “notícias desencontradas e inverídicas” e afirmou que se trata de um ataque ao exercício da advocacia. “Estamos sendo alvo de uma campanha persecutória apenas por exercermos a atividade advocatícia, sempre de maneira íntegra, em favor de uma mulher que vem sendo constantemente aviltada”, declarou.

Na nota, a advogada disse ter escolhido proteger sua cliente em detrimento de expor informações sigilosas do processo que poderiam inocentá-la. “Preferimos honrar o mandato e preservar a dignidade da nossa cliente do que utilizar documentos do processo em nossa defesa”, afirmou.

De oposição à atual presidente da OAB-BA, Daniela Borges, Ana Patrícia destacou confiar na instituição para analisar a representação apresentada contra ela. “Renovamos a nossa confiança na Ordem dos Advogados baiana e brasileira, que sabemos estará acima das divergências políticas”, escreveu.

Confira a nota na íntegra

”Há uma semana que vimos sendo alvos de notícias desencontradas e inverídicas em sites de notícias sediados em Brasília. Um deles sequer nos ouviu antes de publicar. Todos eles nos concedem espaço diminuto de resposta e a maioria nem mesmo esclarece a acusação em sua integralidade antes do pedido de resposta.

Publicadas as notícias nestes sítios, logo se cuida de espalhá-las em grupos profissionais com grande alarde. Tudo isso tem como pano de fundo um processo muito rumoroso no qual defendemos a dignidade da pessoa humana de uma mulher que vem sendo constantemente aviltada. As provas são de uma contundência irrefutável. O processo, todavia, é sigiloso, o que impede desçamos a detalhes. Aliás, a existência de uma campanha midiática ou qualquer discussão fora do processo já revela para um operador do direito experiente qual o caminho que o processo tende a seguir, caminho esse que por essa campanha a parte contrária busca evitar a todo custo.

Nossa cliente sofreu o muito que sofreu apenas por ser mulher. Nós estamos sendo alvo de uma campanha persecutória apenas por exercermos a atividade advocatícia, sempre de maneira íntegra, em favor desta mulher. Tudo o mais a isto se resume.

Após nos aconselharmos com colegas e profissionais e entre duas opções que se afiguravam, preferimos proteger a nossa cliente, continuar a honrar o mandato, do que fornecer informações que constam no processo, que nos isentariam e nos blindariam. Não tem sido esse o comportamento da parte adversa.

Nessas horas de dificuldade, renovamos a nossa confiança na Justiça baiana e brasileira, que seguirá avaliando as provas do processo com imparcialidade.

Renovamos a nossa confiança na Ordem dos Advogados baiana e brasileira, que sabemos estará acima das divergências políticas. E, por fim, lembramos frase do padre Antônio Vieira ao pregar que “para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são necessárias obras”.

Enquanto a nossa cliente não se sentir forte o bastante para levar a público tudo o que ocorreu, continuaremos respondendo nos processos e protegendo-a, certos de que estamos ao lado da verdade e que assim estaremos sendo mais advogados, em reverência a essa profissão honrosa que decidimos abraçar.

Queremos também agradecer a inúmeras mensagens de apoio e afeto que vimos recebendo no curso desta semana, que muito nos fortaleceram, permitindo que, mesmo em uma situação como essa, só baixemos a nossa cabeça para orar, seguindo na defesa implacável dos interesses daqueles que nos comprometemos a defender.

As providências serão tomadas no momento e no local próprios. Certos da compreensão de todos vocês”.