Raul Jungmann recebe Título de Cidadão Baiano e destaca potencial da Bahia: ‘anomalia mineral’

O ex-ministro Raul Jungmann foi homenageado com o Título de Cidadão Baiano nesta quinta-feira (30), em uma sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A honraria foi proposta pelo deputado Júnior Muniz (PT).

Em discurso, Jungmann, que já foi ministro da Defesa, Segurança Pública e Desenvolvimento Agrário, ressaltou o potencial mineral do estado. Ele classificou a Bahia como uma “anomalia mineral”. Segundo o ex-ministro, a união entre a riqueza mineral e a matriz energética predominantemente renovável do Brasil confere à Bahia a capacidade de produzir o que chamou de “mineral verde”, sintonizado com a nova economia global.

“A Bahia é uma anomalia mineral. A capacidade, os depósitos, a riqueza que a Bahia tem, me coloca numa posição absolutamente favorável. Como nós temos uma energia de base renovável, a matriz mais renovável do mundo é do Brasil, então nós temos a capacidade de produzir o mineral verde que todos precisam e a Bahia está pronta para isso. A Bahia tem um passaporte para o futuro,” afirmou Jungmann.

Investimentos para mineração na Bahia

O ex-ministro revelou ainda que a Bahia deve atrair, nos próximos cinco anos, cerca de US$ 9,2 bilhões de dólares em investimentos minerais, o que representa aproximadamente 16% do total brasileiro para o setor no período. Contudo, em tom de desafio, ele manifestou o desejo de ver cifras maiores.

“A Bahia que deverá receber nos próximos cinco anos 9 bilhões e 200 milhões de dólares… Mas me permitam dizer, eu acho pouco, eu quero é muito mais, porque a Bahia tem muito mais a dar em termos do que isso representa,” afirmou, destacando a atuação do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) Henrique Carballal, também homenageado na sessão com a Comenda 2 de Julho.

“Quem nasce no Brasil é Baiano”

Em um dos momentos de maior emoção, Jungmann fez uma declaração que elevou a Bahia a um patamar identitário nacional, citando as lutas históricas do estado, como o 2 de Julho.

“É porque a presença da Bahia tão forte através dos seus ídolos, da cultura, da sua música, da sua ciência, das suas lutas, das suas revoltas, que quem nasce no Brasil é baiano. Se a menor sombra de dúvida, é baiano. Ou então não é brasileiro,” disse Jungmann.

O novo cidadão baiano finalizou o discurso expressando a sua alegria pela honraria. “A verdade é que o que eu que eu tenho aqui hoje é o registro, a legalidade, a formalidade de ser cidadão baiano. Porque eu nasci baiano, com toda certeza. Aqui estou na condição que vocês me outorgaram de cidadão baiano. Isso é uma felicidade que não cabe no peito, mas que eu gostaria de dividir com cada um e todos vocês. Viva a Bahia, viva a alegria,” concluiu.