Publicado em 13/11/2025 às 10h48.

Crescimento empresarial na Bahia em 2023 foi impulsionado por microempresas

Estado teve saldo positivo de 28,8 mil novas empresas e crescimento de 5,4% no número de trabalhadores

Redação
Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

 

Em 2023, havia 498.785 unidades locais de empresas ativas na Bahia, onde trabalhavam 3.139.183 pessoas, sendo 2.559.381 empregados assalariados e 579.802 proprietários ou sócios. No ano anterior, o estado contava com 469.986 unidades empresariais, o que representou um crescimento de 6,1%, ou um saldo positivo de 28.799 novas unidades ativas no período.

Todas as 27 unidades da Federação registraram crescimento do setor empresarial entre 2022 e 2023. A Bahia teve apenas o 18º maior crescimento percentual (+6,1%), mas o 8º maior saldo absoluto de novas unidades no país.

No Brasil, o número de unidades locais também aumentou 6,1%, passando de 10.607.102 para 11.255.614, o que corresponde a 648.512 novas empresas em um ano. A Bahia segue como o estado com mais unidades empresariais no Norte e Nordeste, ocupando a 7ª posição nacional. São Paulo (3.729.934), Minas Gerais (1.071.801) e Paraná (842.716) lideram o ranking.

Microempresas puxam o crescimento

O avanço do setor empresarial baiano entre 2022 e 2023 foi disseminado entre empresas de todos os portes, mas puxado pelas microempresas, que representam 92,7% das unidades locais do estado. Esse grupo teve um aumento de 6,4%, passando de 434.577 para 462.361 unidades, um ganho de 27.784 empresas.

As pequenas empresas (10 a 49 ocupados) cresceram 2,8% (+859 unidades), chegando a 31.165 em 2023. As médias (50 a 249 ocupados) aumentaram 3,4% (+132 unidades), somando 4.020. Já as grandes empresas, com 250 ou mais ocupados, cresceram 2,0% (+24 unidades), totalizando 1.239.

Mais trabalhadores no setor empresarial

Com o aumento das unidades locais, a Bahia registrou alta de 5,4% no pessoal ocupado, passando de 2.978.368 para 3.139.183 pessoas, um acréscimo de 160.815 trabalhadores. O resultado foi o 6º maior crescimento absoluto do país, atrás de São Paulo (+760.020), Distrito Federal (+302.026) e Rio de Janeiro (+282.073).

Em todo o Brasil, o número de trabalhadores nas empresas formais cresceu 5,1%, de 62.746.860 para 65.962.128, com alta em todos os estados.

Salários crescem, mas continuam baixos

O salário médio mensal pago aos trabalhadores assalariados na Bahia foi de R$ 3.026,21 em 2023, uma alta nominal de 6,6% em relação a 2022 (R$ 2.839,60). Apesar disso, o valor ainda equivale a 2,3 salários mínimos, mesma proporção do ano anterior, e permanece abaixo da média nacional (R$ 3.745,45).

A Bahia tinha o 7º menor salário médio do país em 2023. Os maiores valores foram registrados no Distrito Federal (R$ 5.888,75), São Paulo (R$ 4.369,88) e Rio de Janeiro (R$ 4.243,43). Já Alagoas (R$ 2.637,58), Ceará (R$ 2.796,56) e Paraíba (R$ 2.896,45) apresentaram as menores médias.

Entidades empresariais predominam, mas administração pública concentra assalariados

As entidades empresariais privadas representavam 85,1% das unidades locais (424.515) e concentravam 69,3% do pessoal ocupado na Bahia (2.174.142 pessoas).

A administração pública, embora respondesse por apenas 0,9% das unidades locais (4.318), concentrava 29,1% dos assalariados do estado (745.842 pessoas) — proporção superior à média nacional (21,3%). Já as entidades sem fins lucrativos eram 14,0% das unidades (69.902), com 6,6% dos assalariados (170.153).

Comércio lidera em número de empresas; administração pública, em novos empregos

Entre 2022 e 2023, 19 das 21 seções da CNAE registraram aumento de unidades locais na Bahia. O comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve o maior crescimento absoluto, com +7.309 unidades, totalizando 182.767 (+4,2%) — 36,6% de todas as empresas do estado.

No número de trabalhadores, o destaque foi a administração pública, defesa e seguridade social, com +51.337 ocupados (+9,2%), chegando a 609.223 trabalhadores.

As empresas de comércio e reparação seguem como as maiores empregadoras, com 658.898 pessoas (21,0%), seguidas pela administração pública (19,4%). Porém, entre os assalariados, a liderança é da administração pública, com 609.135 empregados (23,8%), à frente do comércio (459.976 ou 18,0%).

Setor financeiro tem maiores salários; hospedagem e alimentação, os menores

O setor com a maior remuneração média mensal na Bahia, em 2023, foi o de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com R$ 7.376,71, seguido por eletricidade e gás (R$ 7.226,88) e organismos internacionais (R$ 6.032,11).
O menor salário médio foi registrado em alojamento e alimentação, com R$ 1.741,39.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.