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Publicado em 08/12/2025 às 17h32.

União Brasil expulsa ministro Celso Sabino

Decisão foi tomada pela executiva nacional da sigla, em votação secreta que registrou 24 votos favoráveis à saída do ministro

Redação
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta segunda-feira (8) que foi expulso do União Brasil por se recusar a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando determinação da cúpula partidária. A decisão de sua expulsão foi tomada pela executiva nacional da sigla, em votação secreta que registrou 24 votos favoráveis à saída do ministro.

“Sobre a minha expulsão, a minha exclusão do quadro do partido, deu-se pelo fato de eu continuar ajudando o Pará, de eu continuar trabalhando no Ministério do Turismo, servindo ao Brasil, optando pela escolha que eu entendo e que a grande maioria dos brasileiros entende também que é o melhor projeto para o país”, afirmou Sabino em transmissão ao vivo nas redes sociais.

A direção nacional do União Brasil considerou que o ministro cometeu infidelidade partidária ao permanecer no cargo mesmo após a legenda anunciar, em setembro, que seus filiados deveriam deixar todos os postos no governo federal até o dia 19 daquele mês. A sigla havia advertido que o descumprimento seria tratado como infração disciplinar.

Sabino, no entanto, afirmou que não aceitou o que chamou de pressão da cúpula partidária.
“Eu saio hoje do União Brasil com a minha cabeça erguida, porque saio com a minha ficha limpa. Saio sem trazer comigo nenhuma mácula. Estou saindo do partido porque trabalhei pelo Brasil, pelo turismo. Não me curvei e tive a coragem de enfrentar partidos políticos quando quiseram me obrigar a fazer o que eu não concordei”, declarou.
O ministro disse ainda que não abandonaria o posto “nas vésperas da realização da COP30”, evento que terá parte da programação no Brasil.

Críticas à intervenção no Pará

Sabino também criticou a intervenção do comando nacional no diretório do União Brasil no Pará, presidido por ele.
“Foi uma decisão equivocada, foi uma decisão injusta. Interviram no diretório do estado do Pará sem que o diretório tivesse feito nada, nenhuma infração regimental, nenhum descumprimento de determinação do partido”, afirmou.

O ministro participou remotamente da reunião que formalizou sua expulsão. Após o anúncio, voltou a reforçar que sua permanência no governo Lula representa, segundo ele, compromisso com aquilo que considera o “melhor projeto para o Brasil”.

 

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