Vereador confronta secretária da Fazenda por descumprir acordo em projeto de desapropriações
“Na reunião, ela deu acordo em duas das três emendas. Hoje, disse que não tinha concordado com nada", afirmou Aleluia

O vereador Alexandre Aleluia (PL) acusou a secretária municipal da Fazenda, Giovanna Victer, de descumprir um acordo firmado com parlamentares sobre o Projeto de Lei nº 422/2025, que autoriza a desapropriação de imóveis urbanos por meio de leilão. O forte desabafo ocorreu durante a sessão da Câmara de Salvador nesta quarta-feira (10).
Segundo Aleluia, em reunião realizada há cerca de um mês para discutir o texto, foram construídas três emendas ao projeto. Duas delas, afirma, teriam sido aprovadas pela secretária diante de cerca de 20 vereadores presentes. A terceira ficaria sujeita a análise posterior. No entanto, segundo o vereador, ao chegar o momento da votação, Victer teria negado ter concordado com qualquer das propostas.
“Na reunião sobre a hasta pública, ela deu acordo em duas das três emendas. Hoje, antes da votação, disse que não tinha concordado com nada. Voltou atrás da palavra”, afirmou em entrevista ao bahia.ba.
“Foi uma reunião informal, sem ata, mas com testemunhas. Dizer que eu inventei texto é faltar com a verdade”, completou.
O vereador disse que sua reação em plenário foi motivada pelo que considera uma tentativa da secretária de desqualificar a discussão conduzida previamente com os parlamentares. Ele também afirmou que não teria problemas em rever posicionamentos ou reconhecer equívocos, mas não aceitaria ser acusado de ter forjado um acordo.
Durante a sessão, Aleluia declarou que pedirá ao presidente da Casa, Carlos Muniz (PSDB), o fim das reuniões informais com secretários municipais e a adoção de audiências públicas ou encontros oficiais de comissão, com registro formal. “O informal não está dando certo. Vou pedir ao presidente que as conversas sejam em audiência pública ou reunião formal, com ata”, disse.
Diálogo com a base
Questionado sobre movimentações da base governista para conter o conflito, Aleluia relatou que o líder do governo na Câmara, Kiki Bispo (União Brasil), reconheceu que havia um acordo prévio, mesmo sem ter participado da reunião. “Ele disse que diversos vereadores estavam presentes e isso bastou para ele. Vai conversar com o prefeito e com a secretária para fazer a intermediação”, afirmou.
O vereador disse ainda que, diante do impasse, optou por não apresentar as emendas que havia preparado. “Preferi não apresentar nenhuma emenda, porque se for para ser tido como alguém que falta à verdade, eu prefiro não fazer nada. Rasguei as emendas”, disse. Ele ponderou, contudo, que outros parlamentares podem reapresentá-las em plenário. A votação do projeto deve ocorrer no próximo dia 17.
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