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Publicado em 16/12/2025 às 09h36.

Lula envia carta de agradecimento a Trump por retirar sanções contra Moraes

"Ainda tem mais coisas para acertar entre nós", disse o presidente brasileiro na mensagem

Redação
Foto: Ricardo Stuckert

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter enviado uma mensagem de agradecimento ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela decisão do americano de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a esposa do magistrado, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados da Lei Magnitsky na última sexta-feira (12). O comentário do petista foi feito em entrevista ao SBT News ainda na sexta, mas só foi exibido nesta segunda-feira (16). As informações são do portal InfoMoney.

Além do ministro e de sua esposa, o instituto da família de Moraes, comandado pelo ministro e sua esposa também foi retirado da lista de sanções. “Já mandei uma mensagem agradecendo (…), dizendo ‘olha, muito obrigado (por ter tirado Alexandre de Moraes e a esposa da lista de sancionados pela Lei Magnitsky), ainda tem mais coisas para acertar entre nós’. Tenho certeza de que vai dar certo a nossa relação de comércio e a nossa relação política”, afirmou Lula.

Lula reiterou não ter interesse em brigas com os EUA e que já havia pedido, na semana anterior a decisão de Washington, que as sanções contra Moraes fossem revogadas, assim como as aplicadas contra outras autoridades brasileiras. O ministro do STF e a esposa eram os únicos brasileiros na lista de sancionados pela Magnitsky, norma criada para punir com bloqueios diplomáticos e financeiros grandes violadores de direitos humanos e envolvidos em grandes casos de corrupção.

A aplicação da Lei contra Moraes foi amplamente criticada por especialistas, que consideram o movimento como irregular e desproporcional por parte de Washington, sendo avaliado também como uma mera retaliação ao ministro devido à sua atuação na ação penal da trama golpista que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão.

“Na semana passada (retrasada), resolvi mandar uma mensagem para ele (Trump): precisa liberar todos os meus ministros que ele colocou nessa lei que pune pessoas de outros países. E disse a ele que era importante lembrar que meus ministros estão sendo punidos porque cumpriram a Constituição”, afirmou Lula.

O petista ainda disse estar feliz com a notícia da revogação das punições e demonstrou otimismo com as perspectivas para que as outras sanções aplicadas contra outras autoridades também sejam derrubadas. Entre os que tiveram vistos revogados estão os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça), além dos membros da Suprema Corte Edson Fachin, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Flavio Dino e Gilmar Mendes.

“(Trump) vai tirar (as sanções) sobre os outros que eu vou continuar insistindo com ele. A gente vai voltar à normalidade, porque eu acredito no poder da palavra”, disse Lula.

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