Publicado em 17/10/2016 às 07h20.

Vice-presidente do PSDB diz que Executiva é ‘cartorial’

Alberto Goldman não poupou críticas à cúpula da legenda, que é presidida pelo senador Aécio Neves desde 2015

Rebeca Bastos
Foto: Divulgação/ PSDB
Foto: Divulgação/ PSDB

 

Em meio às discussões sobre a sucessão da Executiva Nacional do PSDB, o vice-presidente do partido, Alberto Goldman, não poupou críticas à cúpula da legenda. As eleições internas do PSDB estão previstas para ocorrer em maio de 2017 e sua nova composição deverá ditar os rumos da sigla na disputa presidencial de 2018. “A Executiva tem se mostrado um órgão cartorial. Em um ano totalmente conturbado como esse, que teve até impeachment, nós só nos reunimos uma única vez para decidir se iríamos apoiar ou não o governo Temer. Isso não é nada”, disse Goldman.

A atual direção, comandada pelo senador Aécio Neves (MG), foi reeleita em julho de 2015, oito meses após o tucano ser derrotado na disputa presidencial de 2014 para a petista Dilma Rousseff. Na ocasião, não houve disputa e o senador foi eleito por aclamação.

Fundo Partidário – Além da falta de encontros para discutir os rumos para a legenda, Goldman também questionou a “ausência de critérios” dos repasses do Fundo Partidário feitos aos candidatos que disputaram as eleições municipais deste ano. “O critério da distribuição do Fundo Partidário para as campanhas não foi informado como foi feito. Depois deverá ser feita uma prestação de contas, como determina a Lei Eleitoral, mas isso só depois que o dinheiro já foi repassado. Vão surgir questões de “por que esse recebeu mais do que aquele?”.

De acordo com integrantes da Executiva, no primeiro turno, o PSDB desembolsou, com recursos oriundos do Fundo Partidário, cerca de R$ 30 milhões. A previsão é de que a legenda repasse cerca de R$ 2 milhões para os candidatos que disputam uma vaga no segundo turno, no próximo dia 30.

Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o valor representa cerca de R$ 100 mil para cada um dos 19 candidatos tucanos que estarão nas urnas no próximo dia 30. Aécio, presidente nacional do PSDB, foi procurado, mas até a conclusão desta edição, não respondeu às críticas feitas pelo vice-presidente da legenda.

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