Publicado em 13/12/2016 às 13h38.

Em crise, hospital que trata câncer de forma humanizada corre risco

A Apami, em Petrolina, suspendeu novos atendimentos devido ao déficit de R$ 1,6 milhão na arrecadação; pernambucana, entidade assiste a baianos, cearenses e piauienses

Luís Filipe Veloso
Foto: Divulgação/ Apami
Foto: Divulgação/ Apami

 

A crise financeira que atinge o Brasil e provoca inúmeras contingências no atendimento em hospitais públicos e filantrópicos também chegou à Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), em Petrolina (PE), que recebe um grande contingente de baianos de cidades do norte do estado.

Na última semana, a entidade suspendeu a recepção de novos pacientes, devido à falta de aporte financeiro do Sistema Único de Saúde (SUS), que se restringe ao teto de R$ 625 mil, abaixo do necessário para manutenção dos serviços. Até mesmo as obras do Hospital Dom Tomás, em fase de acabamento, foram afetadas pela falta de verba.

Foto: Divulgação/ Apami
Foto: Divulgação/ Apami

 

O déficit anual da Apami alcançou R$ 1,6 milhão desde 2014. “Seriam necessários, pelo menos, mais R$ 300 mil para que continuássemos atendendo à demanda”, explicou o assessor médico da organização, Luiz Gustavo Mendes.

A associação é bastante procurada na região pelo método utilizado para o tratamento de câncer de diversos gêneros, considerado “humanizado”, por oferecer um tom familiar na relação dos profissionais com os assistidos.

Segundo Wilson Alves, ex-paciente de Juazeiro que se recuperou de um tumor no intestino, “não podemos deixar que esse fio de esperança, a possibilidade de cura e de tratamento com dignidade, seja retirado de nós!”. Ele e outros ex-pacientes da Apami realizam uma campanha de captação de doações nas redes sociais.

Foto: Divulgação/ Apami
Foto: Divulgação/ Apami

 

Antes da parada na recepção de novos casos, a entidade realizava, em média, 1,6 mil atendimentos por mês. O público-alvo é formado pelas populações de 70 cidades pernambucanas, moradores do Piauí e Ceará, além de baianos provenientes de Juazeiro, Paulo Afonso, Senhor do Bonfim, Antônio Gonçalves, Canudos e Campo Formoso.

Quem desejar contribuir com a instituição pode realizar doações em dinheiro:

Banco do Brasil – Agência 0963-6, Conta 1010-3

Caixa Econômica Federal – Agência 0812, operação 003, Conta 169-30.

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