Bahia fecha 1º trimestre de 2025 com 780 mil desempregados, aponta IBGE

Estado tem a segunda maior taxa de desocupação do país, atrás apenas de Pernambuco

Redação

A Bahia encerrou o primeiro trimestre de 2025 com 780 mil pessoas desempregadas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). A taxa de desocupação no estado chegou a 10,9%, a segunda maior do Brasil, atrás apenas de Pernambuco (11,6%). A média nacional no período foi de 7,0%.

Apesar do alto índice, o resultado representa a menor taxa de desocupação registrada para um primeiro trimestre nos 13 anos de série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 20,9% no número de pessoas sem trabalho, o equivalente a menos 206 mil desempregados.

Alta frente ao final de 2024

Em relação ao último trimestre de 2024, o número de desempregados cresceu em 60 mil. Já a população ocupada no estado recuou de 6,522 milhões para 6,364 milhões de pessoas — uma queda de 2,4%.

Ainda assim, o número de trabalhadores ocupados aumentou 5,6% em relação ao 1º trimestre do ano passado, com mais 326 mil pessoas empregadas.

Sazonalidade influencia números

Segundo o IBGE, o aumento da desocupação no início de 2025 é reflexo da sazonalidade do mercado, com o fim dos contratos temporários de fim de ano e o retorno de trabalhadores à busca por emprego após o período de festas.

Os dados também revelam uma disparidade de gênero: 6,477 milhões de mulheres estavam fora do mercado de trabalho, contra 5,892 milhões de homens com idade para trabalhar. O IBGE destaca que muitas dessas pessoas estavam disponíveis e dispostas a assumir uma vaga, caso houvesse oportunidade.

Desemprego recua em Salvador

Na capital baiana, o cenário foi mais positivo. Salvador registrou uma taxa de desocupação de 9,2%, a menor já registrada para qualquer trimestre na série histórica da PNADC.

O número de pessoas trabalhando caiu, mas a quantidade de desocupados também diminuiu, o que contribuiu para a melhora no indicador. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) seguiu a mesma tendência.