Publicado em 07/09/2024 às 20h00.

Bahia registrou 55 crimes relacionados a torcidas nos últimos nove meses

Os dados foram informados pelo Governo da Bahia, via Lei de Acesso à Informação (LAI)

Redação
Foto: Felipe Oilveira/EC Bahia|Maurícia da Matta/EC Vitória|Montagem: bahia.ba

 

Desde janeiro até agora, delegacias baianas tiveram 55 ocorrências com relação a crimes envolvendo torcidas organizadas. Entre os principais delitos estão práticas de incitação ao tumulto, ameaças, homicídio, vias de fato, lesão corporal, furto e roubo. Os dados foram informados pelo Governo da Bahia, via Lei de Acesso à Informação (LAI). A reportagem do Correio solicitou os seguintes dados em junho: número total de ocorrências que mencionam torcidas organizadas desde 2017, com especificação do crime.

A Polícia Civil enviou um arquivo com cinco páginas. Os registros não detalham a autoria dos crimes, nem a relação deles com as organizadas. O levantamento inédito mensura os anos de torcida única em clássicos Ba-Vi. Há sete anos, o Ministério Público da Bahia (MP) sugeriu a adoção da torcida única em clássicos, motivado por uma pancadaria após uma partida na Arena Fonte Nova. Uma pessoa foi morta fora do estádio, na Avenida Vasco da Gama.

Índice crescente – Mas as ocorrências ligadas às organizadas não diminuíram. Em 2017, foram 40; em 2023, 93 — aumento de 132%. No ano passado, o órgão afirmou que havia possibilidade de rever o posicionamento. No entanto, a recomendação da torcida única se manteve.

Uma das ocorrências que aparecem na lista enviada pela Polícia Civil (PC), via LAI, é o ataque aos carros de jogadores do Vitória, próximo ao Barradão, na tarde de 14 de julho. O ataque a pauladas contra Vanderlei de Jesus, três meses antes,também consta nos registros.

Uma operação da PC mirou integrantes da Bamor, torcida organizada do Bahia, suspeitos de espancar o jovem. Ninguém foi preso. O ataque contra o torcedor do Vitória Diego Bonfim, que teve alta hospitalar na última quarta-feira (4), e a prisão de 27 integrantes de torcidas organizadas do Vitória, Cruzeiro e Bahia, não constam na lista, por terem acontecido depois do período do levantamento. Esses são alguns dos episódios descritos no relatório publicado em matéria do Correio.

 

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