Publicado em 23/06/2016 às 14h20.

Cidades baianas economizam no São João

População também aperta os cintos, apesar do movimento intenso, viagens para o interior diminuíram em relação ao ano passado

Rebeca Bastos
Pelourinho se confiugoru como alternativa para quem vai permanecer em Salvador durante o São João. Foto: Carla Ornelas/GOVBA
Pelourinho se confiugoru como alternativa para quem vai permanecer em Salvador durante o São João. Foto: Carla Ornelas/GOVBA

 

Seca, excesso de chuvas ou a crise econômica estão entre os principais motivos que fizeram diversas cidades baianas cancelarem ou reduzirem os festejos juninos em 2016. Das cidades mais famosas que reduziram o número de dias da festa estão Amargosa, Senhor do Bonfim, Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Mata de São João, Utinga e Camaçari.

Cachoeira, no Recôncavo baiano, foge a regra e conseguiu manter a mesma quantidade de dias de anos anteriores. Já a vizinha Santo Amaro, que não teve o festejo ano passado por causa das chuvas, vai fazer uma festa pequena, só com atrações locais.

Outro município que deixou de lado as grandes atrações para manter a festa em menores proporções foi São Francisco do Conde, Região Metropolitana de Salvador (RMS), que cancelou contrato com artistas de peso como Luan Santana, Lucas Lucco  e as imãs baianas Simone & Simaria.  Conforme a prefeitura, o cancelamento das atrações se deve ao cumprimento de uma recomendação do Ministério Púbico Estadual (MP-BA) quanto à necessidade de redução de gastos diante de um cenário ainda de crise econômica.

Já em Candeias, também na RMS, a festa foi cancelada pelo segundo ano consecutivo. No ano passado, as consequências de um temporal impediram o município de realizar a festa.

Economia- A situação também não é das melhores para a população, que em meio ao aperto de cintos optou por permanecer em casa durante o feriado junino, o que deve impactar na redução de pelo menos 25 mil pessoas no fluxo da rodoviária durante o período. Situação semelhante na projeção de redução de 48% no fluxo de viajantes feita pela Internacional Marítima, operadora do ferry boat.

O consultor comercial, Clebson Cardoso, e sua esposa, a empresária Irene Adorno decidiram desistir da viagem em família para o município de Jaguaquara, localizado no sudoeste da Bahia, quando fizeram as contas e perceberam que as contas não fechavam.

“Nós iríamos alugar mais um carro, para caber toda a família, mas somando os valores de pedágios, combustível, e alimentação ficou muito caro.” avaliou.  É a primeira vez que o casal deixa festejar o São João no interior e para tomar a atitude de economizar o contexto econômico foi levado em conta. “Trabalhamos com venda, e dois tiveram redução de cerca de 30% no orçamento nos últimos meses”, a opção para entreter os dois filhos do casal vai ser jogar vídeo game em casa e um churrasco com amigos.

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