Publicado em 11/12/2019 às 19h40.

Contas das prefeituras de Itarantim, Cairu e Lamarão são reprovadas

Entre as principais irregularidades praticadas pelos gestores estão a extrapolação do limite máximo para despesa com pessoal

Redação

 

Foto: Mateus Pereira/ GOVBA
Foto: Mateus Pereira/ GOVBA

 

O Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou nesta quarta-feira (11) as contas das Prefeituras de Itarantim, Cairu e Lamarão, da responsabilidade de Paulo Silva Vieira, Fernando Antônio dos Santos Brito e Dival Medeiros Pinheiro, respectivamente. Todas as contas são referentes ao exercício de 2018.

Entre as principais irregularidades praticadas pelos gestores estão a extrapolação do limite máximo para despesa com pessoal, a abertura irregular de crédito suplementar e o não pagamento de multa imputada pelo TCM ao gestor.

Itarantim – No caso das contas de Itarantim, os gastos com pessoal alcançaram o montante de R$27.921.717,39, o que representou 65,39% da receita corrente líquida do município. Esse percentual é superior ao limite de 54% estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, o que comprometeu o mérito das contas.

O relator do parecer, conselheiro Fernando Vita, multou o prefeito em R$57,6 mil, que corresponde a 30% dos seus subsídios anuais, em razão da não recondução desses gastos ao limite indicado na lei. Também foi imputada uma segunda multa, no valor de R$7,5 mil, pelas demais irregularidades constatadas durante a análise das contas.

O relatório técnico apontou ainda gastos excessivos com a aquisição de materiais de construção civil; locação de máquinas pesadas; locação de veículos; aquisição de peças para veículos, sendo o gestor advertido a proceder com mais parcimônia os gastos públicos, respeitando os princípios da economicidade e razoabilidade.

Cairu – No município de Cairu, o prefeito Fernando Antônio dos Santos Brito teve suas contas rejeitadas em razão do não recolhimento de multas impostas pelo TCM em processos anteriores. O conselheiro José Alfredo Rocha Dias, relator do parecer, multou o gestor em R$10 mil, pelas irregularidades existentes nas contas.

Lamarão – Em Lamarão, a despesa total com pessoal representou 58,78% da receita corrente líquida do município, superando, portanto, o limite de 54% previsto na LRF.

Além disso, o gestor também promoveu a abertura de crédito suplementar por excesso de arrecadação sem saldo suficiente para a realização do procedimento, o que, por si só, compromete o mérito das contas.

O prefeito foi multado em R$54 mil, que corresponde a 30% dos seus subsídios anuais, pela não recondução da despesa com pessoal. Também foi multado em R$4 mil, em razão das demais irregularidades praticadas durante a sua gestão. Ainda cabe recurso.

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