Publicado em 05/06/2020 às 17h29.

Em meio à pandemia do coronavírus, Salvador amplia ações de combate ao Aedes aegypti

Entre janeiro e maio deste ano, foram notificados cerca de 8.400 casos de dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo mosquito

Arivaldo Silva
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

 

Para além dos impactos da pandemia de coronavírus no Brasil, a Bahia apresenta um quadro epidêmico para dengue, chikungunya e zika, com 41.411 casos notificados de dengue, nos primeiros cinco meses de 2020, aumento de 33,8% comparado ao mesmo período de 2019, de acordo com dados enviados ao bahia.ba pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), a Secretaria da Saúde de Salvador (SMS) emitiu nota, nesta sexta-feira (5) confirmando a preocupação no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor das três enfermidades, chamadas de arboviroses.

De acordo com a SMS, entre janeiro e maio deste ano, foram notificados cerca de 8.400 casos das doenças na capital baiana, um crescimento de 338% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Para reduzir a infestação do mosquito transmissor das arboviroses na cidade, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde, ampliou as ações de contingência em todas as regiões da capital, sobretudo, nas localidades prioritárias. Além das atividades de rotina, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) destacou equipes para atender denúncias, borrifação de inseticida em locais com suspeita de surto das doenças, abertura de imóveis fechados com auxílio da Guarda Municipal e atuação nos bairros alvo das restrições regionalizadas”, diz a nota.

A pasta da saúde municipal afirma que, em 2020, foram atendidas quase 5.000 solicitações do Fala Salvador 156 relacionadas às arboviroses. “Estamos com as equipes de campo mobilizadas para atuação ininterrupta na cidade, inclusive aos finais de semana e feriados. O nosso intuito é dar uma resposta rápida nas localidades onde são identificados surto das doenças com a eliminação imediata dos focos”, explicou Andréa Salvador, coordenadora do CCZ.

A coordenadora chama a atenção para importância da população auxiliar o poder público no combate ao mosquito. De acordo com a gestora, cerca de 80% dos focos identificados na cidade, estão em domicílios habitados. “Durante o período de pandemia, a situação pode se agravar, uma vez que por orientação do Governo Federal, é para os agentes de endemias suspenderam visitas casa a casa para evitar a disseminação do novo coronavírus.

Historicamente, a grande maioria dos focos do Aedes são encontrados nas casas. Por esse motivo, convocamos toda a população para nos ajudar eliminando locais que possam acumular água parada”, finalizou a gestora.

Ontem, a vereadora Aladilce cobrou medidas urgentes para conter epidemia dessas doenças, em Salvador.

Chikungunya e Zika

Em relação à chikungunya, ainda em análise aos dados da Sesab, foram notificados 11.944 casos no território baiano. Salvador aparece com 3196 notificações. Em 2019, no mesmo período analisado, foram notificados também 1.497 casos prováveis, o que representa um aumento de 697,9%. Ao todo, 213 municípios realizaram notificação. Até o momento, consta um óbito confirmado, laboratorialmente, para chikungunya, na capital baiana.

Em 2020, a Bahia registrou 1852 casos de zika. No mesmo período de 2019, foram notificados 943 casos prováveis, o que representa um aumento de 96,4%. Salvador não registrou nenhum caso. Já Vitória da Conquista, na região sudoeste do estado, apresenta o maior índice de infestação, 468 casos. No total, 105 municípios realizaram notificações para esse agravo. Até o momento, não foram notificados óbitos relacionados à zika.

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