Publicado em 02/12/2022 às 20h40.

Índices de pobreza e extrema pobreza batem recordes na Bahia em 2021, mostra IBGE

Salvador é a capital com o maior número de pessoas baixo da linha da extrema pobreza, sendo 11,2% da população

Redação
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

 

A Bahia é o segundo estado com o maior número de pessoas vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (2), em 2021, cerca de 6,949 milhões de baianos (46,5%) foram considerados pobres. O levantamento considera o critério de renda familiar, sendo inferior a R$ 475 por mês.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, o número de pobres no estado aumentou 24,2%. O que significou mais 1,356 milhão de pessoas em situação de pobreza, em apenas um ano, sendo considerado o maior crescimento desse grupo em toda a série histórica.

A Bahia só fica atrás de São Paulo que registrou aproximadamente 8,150 milhões de pessoas consideradas pobres. Em comparação com o ano de 2020, no entanto, o estado teve a menor série histórica em pobreza monetária, sendo 37,5% ou 5,593 milhões em números absolutos.

O levantamento ainda aponta que houve uma piora do quadro em 2021, com mais 317 mil pobres, num aumento de 4,8%, comparando com os dados de 2012, primeiro ano da pesquisa.

Já as pessoas em extrema pobreza na Bahia aumentou 59,9%, o que representou mais 885 mil pessoas nessa situação, em um ano. O crescimento também é considerado recorde desde 2012.

Salvador

Em Salvador, 11,2% da população, o que significa 323 mil pessoas, viviam abaixo da linha da extrema pobreza em 2021. O percentual havia sido de 8,4% em 2020 (241 mil pessoas), o que representou 82 mil pessoas entrando na extrema pobreza entre um ano e outro – um crescimento de 34%.

Com esse aumento, Salvador se manteve, pelo segundo ano consecutivo, como a capital brasileira com maior proporção da população vivendo em situação de extrema pobreza monetária. Em 2019, era apenas a 10ª nesse ranking.

 

 

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