Publicado em 27/01/2016 às 11h40.

Internos da Lemos de Brito casam-se em iniciativa pioneira

Cerimônia coletiva é promovida pela Defensoria Pública da Bahia e oficializa a união de nove casais que viverão separados pelas grades

Redação
Imagem ilustrativa. Foto_Rafaela Martins
Imagem ilustrativa. Foto_Rafaela Martins

Nove casais  participam de uma cerimônia coletiva de casamento na manhã desta quarta-feira (27). Até aí nada de mais, certo? O fato que chama atenção neste casamento é que os noivos são internos da Penitenciária Lemos de Brito, local onde ao ato ocorre com a presença das noivas, claro, de  autoridades e familiares dos internos.  A iniciativa da cerimônia, inédita na Bahia, é da  Defensoria Pública do Estado da Bahia. “A realização desta cerimônia civil é uma forma de dignificar a relação amorosa e de certo modo é um ato que cria um comprometimento maior para os internos”, defende a defensora pública, atuante na Execução Penal, Fabíola Pacheco.

De acordo com o órgão, é atribuição da Defensoria, quando atua na área de execução,  realizar toda a parte extrajudicial além de ações que contribuam para o processo de ressocialização do detento conforme diz a lei de execução penal.  Segundo Fabíola Pacheco, idealizadora do projeto, o indivíduo estar preso não é justificativa para que não tenha acesso ao serviço que pode ser prestado pela Instituição. Para ela, com a realização dos nove casamentos comprova-se a viabilidade de estender essa iniciativa para outros internos.
As companheiras dos internos da Lemos, no primeiro momento, se dirigiram ao atendimento da Defensoria Pública no local para tomar conhecimento da documentação necessária. A partir de ofício da Administração Superior da Defensoria, o Tribunal de Justiça, compartilhando da causa, autorizou a sua Corregedoria a determinar ao cartório a elaboração das certidões de casamento gratuitamente.

Há uma lista de espera com mais de 60 casais aguardando para oficializarem a união. Porém, inicialmente nove casais foram contemplados devido à  dificuldade dos demais de apresentarem a documentação necessária, já que muitos dos internos moram no interior ou possuem documentos muito antigos.

 

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.