Publicado em 02/03/2016 às 21h20.

Produtores de cacau protestam contra extinção da Ceplac

Na carta, a Ceplac entende que a iniciativa é adequada, mas teme perda do status legal da entidade e prejuízo aos produtores

Redação

Produtores de cacau da Bahia e membros da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) enviaram à ministra da Agricultura, Katia Abreu, uma carta aberta onde mostram preocupação com a falta de diálogo com a classe sobre a possibilidade da Comissão ser enquadrada na estrutura organizacional da secretaria.

Na carta, a Ceplac entende que a iniciativa é adequada, mas teme perda do status legal da entidade. “Preocupa-nos que isso possa significar perda d status legal da entidade e conseqüente prejuízo ao produtor, em epecial ao do Estado da Bahia que agoniza desde a década de 1980, com a perpetração do crime de lesa pátria pratica o no bioma do sul da Bahia. Preocupa-nos mais ainda que isso esteja ocorrendo a portas fechadas ao produtor que em primeira análise, é o maior interessado no tema. Com isso, não se pode concordar”, diz a carta.

Apesar da preocupação, os produtores acreditam ainda que a Ceplac deve ser reformulada, acrescentam que a relação custo x benefício para a sua manutenção é onerosa e não justificaria lutar por isso. “A menos que urgentemente se adote providencias no sentido de fazer, com que se adéqüe e cumpra sua missão focando suas ações na pesquisa e na extensão do cacau”.

Em uma lista com mais de dez itens, ea carta aponta quais os interesses da categoria para a discussão ser continuada. Nela, estão a implantação e segurança de controle que retarde ao máximo a entrada da monília na região de produção brasileira; reconhecimento do esforço do produtor na preservação do meio ambiente e incentivo a ampliação e cuidado com a fauna, flora e mananciais. Além da garantia de que a Ceplac ateste a impossibilidade do produtor assumir o ônus por seus erros do passado ao orientar no combate à vassoura de bruxa, dentre outros.