Publicado em 31/10/2025 às 14h43.

Saiba quem são os chefes do tráfico de drogas baianos mortos em operação no RJ

Ao todo, 121 pessoas morreram na ação, sendo 117 suspeitos

Otávio Queiroz
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira (31) que seis suspeitos baianos estão entre os mortos da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na última terça-feira (28). Entre eles, três foram identificados como chefes do tráfico de drogas na Bahia, segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa.

Ao todo, 121 pessoas morreram na ação, sendo 117 suspeitos, de acordo com o balanço oficial das forças de segurança fluminenses. Os baianos mortos foram identificados como Danilo Ferreira do Amor Divino (Mazola), Diogo Garcez Santos Silva (DG) e Fábio Francisco Santana Sales (FB) — todos com histórico de envolvimento com o tráfico.

Mazola, nascido em Feira de Santana, era considerado o chefe do tráfico na segunda maior cidade baiana e apontado pela polícia carioca como uma das lideranças com maior influência na conexão entre facções do Rio e da Bahia. DG também atuava em Feira e tinha passagens por associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo, enquanto FB, natural de Alagoinhas, possuía registro policial por ameaça.

CV em Salvador

A presença de criminosos baianos na operação reflete a expansão silenciosa do CV em Salvador e Região Metropolitana. A facção carioca consolidou domínio em bairros como Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz, Cosme de Farias, Saramandaia, Liberdade e Tancredo Neves, além de áreas de Lauro de Freitas, como Portão, Areia Branca e Capelão.

Apesar da preocupação com possíveis retaliações, o professor de Direito Penal e Processual Penal Luciano Bandeira Pontes, especialista em segurança pública, acredita que não há risco imediato de ataques na capital baiana. Em entrevista ao bahia.ba, ele avaliou que uma reação violenta seria prejudicial aos interesses do grupo.

“Não acredito numa retaliação aqui. Isso atrapalharia ainda mais os negócios da facção, até porque, com a baixa que ocorreu no Rio, eles não vão querer mais operações em desfavor do Comando Vermelho”, afirmou o especialista.

A operação no Rio de Janeiro foi uma das mais letais já registradas no país e teve como alvo o Comando Vermelho, que mantém influência em diversos estados brasileiros — entre eles, a Bahia. As forças de segurança seguem investigando a presença e atuação de lideranças da facção fora do Rio, especialmente no interior baiano.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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