Publicado em 31/05/2016 às 20h00.

Abaixo-assinado pede nomes de quem compartilhou vídeo de estupro

Petição feita na plataforma Change.org contava com 33.528 assinaturas na tarde desta terça-feira (31), 1.472 a menos do que o necessário para ser encaminhada

Jaciara Santos
twitter
Reprodução / Internet

 

Um abaixo-assinado quer que o Twitter entregue à Polícia Civil a lista de pessoas que usaram a rede social para compartilhar o vídeo de uma jovem de 16 anos, vítima de estupro coletivo no Rio. A petição foi feita na plataforma Change.org e contava com 33.528 assinaturas virtuais às 16h15 desta terça-feira, 31 – 1.472 a menos do que o necessário para ser encaminhada a um diretor da empresa.

“Todas nós vimos as consequências das injustiças, do não-cumprimento das leis e todos os tipos de violência direcionadas às mulheres, incitadas por uma sociedade que cria e fetichiza uma cultura do estupro”, escreve a autora do pedido, a produtora cultural Marta Carvalho, de Brasília. “Nasci preta e mulher. Durante toda a história de minha vida, vi e vivi abusos e violências imensuráveis para a minha alma feminina”, afirma. “Não podemos nos calar.”

Na petição, a produtora pede que “todos os perfis de quem compartilhou o vídeo dessa barbaridade sejam expostos pelo Twitter, publicamente e como dado oficial para a Polícia Civil”, uma vez que, ao apagar as contas na rede, eles não podem ser identificados abertamente. Para ela, esses usuários “também são criminosos”.

Feminicídio – “Não foi apenas estupro. Pedimos ainda que a Justiça tipifique o crime como feminicídio tentado (tentativa de assassinato). No Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Infelizmente este foi só mais um caso. Exigimos Justiça! #30ContraTodas”, diz o texto do abaixo-assinado.

Em nota, a empresa afirma que existem limitações sobre os tipos de conteúdo e de comportamento permitidos na plataforma e que o intuito é “proteger a experiência e a segurança das pessoas que usam o Twitter”. “Quando o Twitter determina que um conteúdo denunciado viola tais regras, nós tomamos as medidas necessárias”, diz a nota.

“O Twitter também coopera com as autoridades competentes conforme descrito em suas diretrizes para autoridades policiais”, afirma a empresa.

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