Publicado em 20/11/2019 às 16h44.

Greenpeace critica medidas apresentadas pelo ministro do Meio Ambiente

O anúncio de Salles ocorreu após os dados do INPE demonstrarem um aumento de 30% da destruição na Amazônia

Redação
Foto: Max Haack / Secom PMS
Foto: Max Haack / Secom PMS

 

O Greenpeace se posicionou nesta quarta-feira (20), em relação às medidas apresentadas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em Brasília, durante encontro com governadores da Amazônia Legal.

De acordo com a instituição, o ministro fez um anúncio vazio, sem metas, prazos ou custos.“O Ministro fez um anúncio vazio. Não foram apresentadas metas, prazos, custos e nem mecanismos de implementação. Pelo contrário, propostas como a de regularização fundiária poderão premiar a grilagem de terras e incrementar ainda mais a destruição florestal. De acordo com o que foi dito hoje, fica claro que temos um governo incapaz em lidar com a atual crise do aumento do desmatamento, uma situação que ele mesmo criou”, afirma Marcio Astrini, Coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace.

O anúncio do Ministro ocorreu após os dados do INPE demonstrarem um aumento de 30% da destruição na Amazônia. No entanto, o Greenpeace alega que meses antes, a crise das queimadas e os alertas dos sistemas de monitoramento já anunciavam um aumento expressivo do desmatamento.

“Enquanto o Ministro do meio ambiente fez um discurso para enganar a plateia, no mundo real o governo trabalha para implementar medidas que poderão incrementar ainda mais o desmatamento, como a liberação do plantio de cana na Amazônia, a medida provisória de premiação da grilagem de terras, a promessa de abertura de terras indígenas para garimpo e mineração, a proibição do Ibama realizar a queima de equipamentos de criminosos ambientais e a tentativa de redução dos limites de unidades de conservação, entre outros”, completa Astrini.

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