Publicado em 05/12/2019 às 16h30.

Manchas de óleo: após 3 meses, Marinha diz que não há provas que indiquem responsáveis

Em audiência no Senado, comandante de Operações Navais revelou que até o momento a investigação apontou apenas "indícios"

Redação
Foto: Adema/Governo de Sergipe
Foto: Adema/Governo de Sergipe

 

Três meses após as primeiras manchas de óleo chegarem nas praias do litoral nordestino, o comandante de Operações Navais da Marinha, Leonardo Puntel, afirmou nesta quinta-feira (5), em audiência no Senado, que ainda não há provas que identifique o responsável pelo derramamento do produto.

Até o momento, as investigações apresentaram apenas “indícios”. “Todos os esforços estão sendo feitos. No momento, nós temos indícios apenas, não temos ainda provas”, afirmou Puntel, durante audiência pública na Comissão Temporária Externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento às manchas de óleo (CTEOLEO).

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mais de 800 pontos já foram atingidos em todo o litoral brasileiro.

Puntel citou três inquéritos abertos que investigam o caso – um da Polícia Federal, no Rio Grande do Norte, e dois inquéritos administrativos, na Capitania de Portos de Pernambuco e na Diretoria Geral de Navegação no Rio de Janeiro.

“Todos esses três inquéritos estão sendo feitos para a gente tentar chegar exatamente no poluidor, no causador desse crime ambiental”, disse. A investigação conduzida pela Polícia Federal em conjunto com a Marinha apontou o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pela poluição. Mas a Marinha notificou também outros 29 navios.

São quatro as principais possíveis causas do acidente: derramamento acidental, derramamento intencional, operação “ship to ship” (navio tanque passa óleo para outro navio tanque no meio do mar) ou naufrágio de navio petroleiro. “A maior probabilidade é no trânsito de um navio tanque, isso ainda está sendo estudado”, declarou o comandante. Com informações do portal G1.

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