Publicado em 18/11/2018 às 14h33.

No RS, prefeito convida médico cubano para ser secretário de saúde

Carlos Alzenir Catto (PDT) procura uma forma de manter o único médico do programa na cidade

Redação
Reprodução: Arquivo Pessoal
Reprodução: Arquivo Pessoal

 

Com a notícia da saída de Cuba do programa Mais Médicos, o prefeito da cidade de Chapada, interior de Porto Alegre, Carlos Alzenir Catto (PDT), decidiu convidar o único médico cubano da cidade para compor a Secretaria Municipal de Saúde da cidade.

O convite foi feito a Richel Collazo Cruz, 36 anos, no dia do anúncio do fim da parceria entre os países.

“Gostaríamos que ele continuasse no município, porque ele foi muito bem aceito pela comunidade. É um bom médico, nunca nos deixou na mão. Se entrar na nossa página do Facebook, vai ver os elogios. Claro que gostaríamos que ele continuasse médico aqui, mas se não dá…”, disse o prefeito. Collazo ainda não respondeu ao convite feito por Catto.

Segundo o jornal ‘Folha de S Paulo’, quinze dias antes da decisão do governo de Cuba, uma equipe da prefeitura de Chapada foi a Brasília pedir mais profissionais do programa.

Catto afirma que chegou a abrir um edital para contratar três médicos especializados em saúde da família, num regime de 40 horas semanais, pelo salário de R$ 11 mil, o mesmo valor que o prefeito recebe.

O prazo do edital foi prorrogado, mas não houve nenhum interessado para ocupar a vaga.

“Essa história de que há profissionais sobrando é de quem está nos grandes centros, na capital. Tem que sair da casinha e ver o que acontece nos municípios menores. Quem perde com essa saída de 8.000 médicos é o povo de baixa renda, nós estamos tentando segurar o nosso”, afirmou em entrevista para a Folha.

Bahia está entre os estados prejudicados com a saída dos médicos cubanos do programa
Municípios do interior da Bahia temem uma espécie de “apagão médico” com a saída de cubanos do Programa Mais Médicos, de acordo com reportagem da Folha desta quinta-feira (15).

Apenas na Bahia, há mais de 800 cubanos atuando nos municípios do estado. A saída deles deve fazer com que a cobertura de atenção básica no estado caia de 63% para 43%.

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