Publicado em 17/01/2020 às 13h49.

Pacientes internados após consumo de cerveja correm risco de morte

As 14 pessoas internadas com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol após o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer, estão em estado grave

Redação
Foto: Gustavo Andrade/Divulgação
Foto: Gustavo Andrade/Divulgação

 

A Secretaria estadual de Saúde de Minas Gerais informou que os 14 pacientes que foram internados com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol após o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer, estão em estado grave e correm risco de morte. Todos estão internados na rede privada hospitalar de Belo Horizonte.

Até o momento, foram notificados 18 casos de intoxicação pela substância, com quatro mortes, sendo três suspeitas e uma confirmada. Para o superintendente de Vigilância e Saúde do Estado, Felipe Laguardia, o número de notificações pode aumentar.

A Vigilância Sanitária de Belo Horizonte colocou em monitoramento outras 16 pessoas que procuraram a rede municipal de saúde e afirmaram terem bebido a Belorizontina.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura, Lúcia Paixão, afirmou ao UOL que, com o início dos casos de intoxicação, foi registrado aumento na procura por unidades básicas de saúde e também de pronto-atendimento. Não há, contudo, um porcentual que dê dimensão a esse aumento.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser procurado agora, com a divulgação. Muito pelo temor”, disse Paixão. Os 14 pacientes estão sendo tratados com o antídoto para o dietilenoglicol, o etanol.

As investigações apontaram também a presença de monoetilenoglicol na produção da Backer e na fábrica da cervejaria. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, contudo, todas as intoxicações foram pelo dietilenoglicol. As duas substâncias são altamente tóxicas e provocam danos graves aos rins. Em relação a problemas neurológicos, entretanto, o dietilenoglicol é um pouco mais brando.

O superintendente de Vigilância Sanitária de Minas afirmou que todos os casos suspeitos que chegam são colocados para análise e só depois de confirmado que pode se tratar de contaminação pelo dietilenoglicol é que são acrescentados ao rol de notificações.

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