Publicado em 16/11/2019 às 17h00.

Produtividade da economia fica estagnada devido a emprego informal recorde

Atualmente, o Brasil 38,8 milhões de trabalhadores na informalidade, um número recorde, equivalente a 41,4% da força de trabalho

Redação
Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

 

O crescimento da produtividade da economia brasileira está sendo prejudicado pela informalidade recorde no mercado de trabalho, segundo apontou um estudo inédito do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Em condições normais, quando uma economia cresce e gera empregos – situação que, apesar de toda a crise, vem sendo observada no Brasil -, há mais investimentos em inovação, equipamentos, capacitação, e a produtividade aumenta. Ou seja, cada trabalhador consegue produzir mais com menos horas trabalhadas. Mas o que vem ocorrendo é exatamente o contrário.

Atualmente, o Brasil  38,8 milhões de trabalhadores na informalidade, um número recorde, equivalente a 41,4% da força de trabalho. As vagas geradas entre 2018 e 2019, quase todas informais, pagam menos e são menos produtivas, com características de “bicos temporários”, como empregadas domésticas, vendedores a domicílio entregadores de aplicativos e vendedores ambulantes, segundo mostra um estudo inédito .

Cálculos da FGV mostram que a produtividade por hora trabalhada na economia ficou estagnada em 2018, quebrando uma recuperação iniciada em 2017, e passou a cair este ano. No primeiro trimestre, a queda foi de 1,1% e, no segundo, de 1,7%. O movimento causou estranheza ao economista Fernando Veloso, pesquisador do Ibre/FGV, ouvido pela Exame. “A tendência natural seria esperar uma alta”.

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