Publicado em 17/02/2021 às 12h00.

Bruno ironiza ‘expertise em logística’ de Pazuello, mas não faz coro por demissão

Ao bahia.ba, prefeito diz que general precisa solucionar calendário de vacinação; Confederação Nacional de Municípios pede troca na Saúde

Alexandre Santos / Matheus Morais
Bruno Reis, prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)
Bruno Reis, prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), ironizou a suposta especialização em logística atribuída ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao criticá-lo diante do atraso na compra de vacinas contra a Covid-19. Em entrevista ao bahia.ba, o chefe do Executivo soteropolitano disse que, em vez da demissão do general, espera que ele possa apresentar aos gestores municipais um calendário do fornecimento de novos lotes de imunizantes. Na terça-feira (16), a CNM (Confederação Nacional de Municípios) pediu a saída de Pazuello da pasta, responsabilizando-o pela interrupção da campanha de vacinação por falta de doses em várias cidades, dentre as quais a capital baiana.

“É fato que um ministro que era especialista em logística ainda não colocou suas habilidades em prática. Ainda mais com os processo de interrupção do fornecimento das vacinas. Então, efetivamente, ele precisa dar uma solução. Eu defendo a solução do problema, que é conseguir comprar as vacinas, ter um calendário definido com clareza, com previsão de entrega, pra facilitar a organização das prefeituras”, declarou o prefeito, sem fazer coro à frente encampada pela CNM.

“Nesse processo, a responsabilidade maior é da prefeitura, porque é ela que é a responsável pela vacinação. Sem você ter um calendário, um cronograma de fornecimento, fica difícil você preparar a logística, complica o processo operacional.”

Para Reis, o governo Bolsonaro demorou para compreender a gravidade da crise, a qual, além das milhares de mortes, tem se refletido em um grave cenário econômico e de desemprego. Em sua opinião, imunizar a população é o melhor caminho para o país tentar superar o atual momento.

“Do ponto de vista econômico, é muito menos oneroso para os cofres públicos a aquisição da vacina do que a manutenção dos leitos de UTI. Do que a manutenção do auxilio emergencial que está se discutindo aí. Perdeu a oportunidade o governo federal quando não adquiriu as vacinas da Pfizer, que tem se mostrado entre todas aí a mais eficaz pra todas as variantes do coronavírus”, avalia o prefeito.

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